Rui Rio e a maioria PSD/PP decidiram que os trabalhadores da autarquia serão forçados a laborar no próximo dia 26 de Dezembro.
De acordo com a informação distribuída aos trabalhadores não haverá tolerância "porque é nosso entendimento que não é razoável nem justo dispensar os trabalhadores neste dia de trabalho" e que se procura marcar a "diferença pela positiva no nosso esforço colectivo de construção de um País mais solidário, mais justo" o afirma o Vereador dos Recursos Humanos Sampaio Pimentel.
O PCP considera esta decisão um perigoso precedente que põe em causa direitos dos trabalhadores. Esta deliberação é fundamentada com argumentos demagógicos e populistas e assenta no crescente modo autocrático e anti-social de exercer o poder - pretende-se transformar os trabalhadores da CMP no "bode expiatório" dos problemas da Cidade ao mesmo tempo que Rui Rio se procura afirmar como "salvador na Nação".
Esta última decisão decorre de orientações políticas que qualquer análise cuidada verifica prejudicar também os munícipes. Exemplos disso são a tentativa de retirar o "prémio nocturno" aos cantoneiros, a precarização do vínculo dos trabalhadores da Câmara com a contratação de novos trabalhadores por via dos Contratos Individuais de Trabalho, a concessão/privatização de diversos serviços, como já aconteceu com a manutenção dos jardins dos bairros municipais e tudo indica que se prepara para acontecer com a limpeza e recolha de lixo, ou a passagem para empresa municipal dos SMAS:
Com esta medida Rui Rio e a maioria PSD/PP procuram projectar uma falsa imagem pública de rigor e austeridade, de cortar a direito, mas que penaliza uma vez mais os trabalhadores da autarquia e que em nada beneficia a Cidade.
A DOCP do PCP
Porto, 22 de Dezembro de 2006