Porto
"Ilhas" de habitação exigem medidas enérgicas do Município
Durante a visita, os eleitos comunistas constataram a total ausência de condições de salubridade. Para Rui Sá "é inaceitável que ainda existam famílias no Porto, em pleno século XXI, a viver nestas condições, e que a Câmara não faça nada!". Este autarca lembrou que, perante a inoperância do senhorio, a quem compete legalmente resolver estas situações, a Câmara pode proceder às obras necessárias, sendo ressarcida posteriormente por intermédio das rendas dos inquilinos, que nalgumas casos chegam aos 130/200€.
No caso desta "ilha", para além das más condições das habitações, há ainda uma fossa a céu aberto, que é responsável por abundância de ratazanas, que chegam mesmo a entrar para as habitações e a incomodar as crianças que brincam no pátio, conforme denunciaram durante a vista vários moradores.
Os eleitos da CDU lembraram que o último estudo sobre as "ilhas" de habitação do Porto, datado do 2000, concluía que ainda existiam 15 mil pessoas a viver neste tipo de casas. Mais recentemente, durante o actual mandato, a CDU propôs a realização de um novo estudo. Perante esta proposta, a coligação municipal PSD/CDS votou contra, argumentando que havia uma comissão já no terreno a preparar trabalho sobre a matéria. Segundo sabe a CDU, esta comissão já foi extinta e trabalho nem vê-lo!
No final da iniciativa, o Vereador da CDU desabafava "de nada serve gastar milhões em alcatrão para as corridas da Boavista, quando há portuenses a viver nestas condições miseráveis".