Face ao aumento do desemprego em Matosinhos revelado pelos dados de Junho, a CDU veio apresentar publicamente «uma estratégia de desenvolvimento económico em Matosinhos e um pacote de medidas para enfrentar a crise económica no concelho», segundo José Pedro Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos.
Acompanhado pelos economistas Valdemar Madureira e Manuel Faria de Almeida, José Pedro Rodrigues começou por referir «que Matosinhos possui, no contexto do noroeste peninsular, um conjunto de vantagens únicas no plano económico, albergando o Porto de Leixões, o Aeroporto do Porto, um dos maiores portos de pesca do país e vias rodoviárias e ferroviárias estruturantes, a que se juntará brevemente o terminal de cruzeiros e a plataforma logística intermodal».
«Não obstante a existência destas infra-estruturas, a incapacidade dos sucessivos executivos camarários em definir uma estratégia de afirmação económica do concelho levou a que a crise se acelerasse em Matosinhos a níveis superiores aos verificados no País», acusou José Pedro Rodrigues, lembrando que «ainda antes da chamada crise internacional, mais concretamente entre 2000 e 2006, o número de empresas do sector das indústrias transformadoras neste concelho teve uma redução de 15,7%, uma quebra bem superior à verificada no distrito e no país (6,7% e 6,4%, respectivamente), quebra ainda mais acentuada entre 2006 e 2010, período em o processo de desmantelamento do sector foi especialmente forte, já que a redução do número de empresas neste período atingiu 35,7%, (comparando com os 23,8% do distrito e 24,4% do país)».
A CDU apontou uma tendência semelhante no sector do comércio em Matosinhos, lembrando que entre 2000 e 2006 o número das empresas neste concelho sofreu uma significativa redução, 6,4%, (maior do que no distrito e no país, 1,2% e 5,5%, respectivamente). Entre 2004 e 2006 a diminuição do número de empresas de comércio foi de 14,6% e a partir de 2006 e até 2010, a quebra foi mais significativa, tendo o declínio do sector em Matosinhos sido mais acentuado do que no restante distrito e país. Assim, enquanto a redução do número de empresas do sector atingiu os 16,7% no Porto e 16,1% no país, em Matosinhos a quebra foi de 20,3%.
Valdemar Madureira sublinhou a evolução negativa da economia do concelho de Matosinhos e o seu impacto no aumento do desemprego e na pobreza. «Considerando os últimos dados do IEFP, referentes ao passado mês de Junho, constatamos que o número de inscritos no centro de emprego aumentou 10,6% relativamente a igual mês do ano passado, enquanto que no distrito do Porto o aumento foi de 7,7% e no país de 6,8%. No caso dos inscritos com menos de 25 anos o aumento homólogo em Matosinhos foi de 6%, no distrito de 5,3% e no país de 4%», revelou o economista, acrescentado que «se compararmos a situação actual com Junho de 2010, o primeiro ano do mandato municipal em curso, em Matosinhos, temos que o número de inscritos no centro de emprego aumentou 38,2%, (no distrito aumentou 23,8% e no país 25%) e que, no mesmo período, o número de jovens com menos de 25 anos inscritos no centro de emprego de Matosinhos aumentou 43,2%; mais uma vez, aumento muito superior ao verificado no distrito do Porto e no país».
«Nem PS, PSD E CDS podem fugir às suas responsabilidade nesta tragédia», acusou José Pedro Rodrigues.
A CDU responsabilizou de forma inquívoca PS, PSD e CDS pela presente situação que se vive no concelho, considerando que «é o resultado mais acabado das políticas desenvolvidas há 37 anos no País por sucessivos governos destes partidos, que não podem agora vir prometer em Matosinhos o contrário do que andaram a dizer e a fazer todos estes anos». José Pedro Rodrigues denunciou concretamente a «demagogia do candidato do PSD em Matosinhos que fala do "drama do desemprego" como se o PSD não tivesse responsabilidade nenhuma no "drama do desemprego" que o concelho vive. «Além das evidentes responsabilidades que tem na situação a que o País chegou, o PSD esteve três anos e meio na Câmara Municipal de Matosinhos partilhando responsabilidades com o PS e meio ano ao lado do independente Guilherme Pinto e, neste período, o desemprego no concelho aumentou como nunca», acusou o candidato da CDU.
O candidato à Câmara Municipal da CDU tornou aidna pública uma estratégia de desenvolvimento para o município que «abarca diferentes vertentes da vida económica e social de Matosinhos e valoriza todas as infra-estruturas e potencialidades do concelho, bem como o seu sector tradicional, tendo em vista o combate ao desemprego, a defesa do emprego de qualidade e com direitos, e a melhoria das condições de vida e de trabalho da população».
No topo das preocupações da CDU está a conclusão da revisão do Plano Director Municipal; a criação de um Conselho Municipal para as Actividades Económicas; a instituição do princípio de consulta obrigatória dos representantes do comércio local em todos os processos de licenciamento de unidades comerciais de dimensão relevante e de qualquer natureza a instalar no Concelho; a implementação de processos simplificados de licenciamento a estabelecimentos dos sectores da pequena indústria, do comércio tradicional, da restauração e dos serviços; e a criação de novas zonas industriais de iniciativa municipal, Leça do Balio/Custóias e Perafita/Lavra, devidamente infra-estruturadas e com acessibilidades, destinadas à instalação de novas empresas e unidades produtivas.
No âmbito da promoção da cultura, da valorização do património e do turismo, a CDU propôs o desenvolvimento de uma política de turismo cultural que articule os espaços existentes com a construção do Museu da Arquitectura – incidindo particularmente sobre arquitectos com obra em Matosinhos, casos de Fernando Távora, Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Alcino Soutinho –, e do Museu do Mar, a par da requalificação urbana de todas as zonas históricas de comércio tradicional com apoio municipal, designadamente através da isenção de taxas e licenças e da organização e promoção de candidaturas ao QREN.
O candidato da CDU defendeu ainda que «devem ser implementadas medidas que visem revitalizar os centros urbanos das freguesias do concelho, promovendo a limpeza, iluminação adequada e medidas de embelezamento desses centros, em particular revitalizando a baixa de Matosinhos, designadamente a Rua Brito Capelo e toda a zona envolvente».
«É preciso devolver a vida à baixa de Matosinhos. Temos praia, temos cultura, temos artes centenárias, restauração e uma comunidade única que vale a pena conhecer e visitar. Se a Câmara Municipal tem vergonha de mostrar Matosinhos aos turistas, será por ter deixado degradar o seu centro ao limite do inaceitável. Nós queremos devolver-lhe o brilho de outros tempos. Não só para os turistas mas sobretudo para quem cá vive», concluiu José Pedro Rodrigues.
Matosinhos, 3 de Agosto de 2013
Face ao aumento do desemprego em Matosinhos revelado pelos dados de Junho, a CDU veio apresentar publicamente «uma estratégia de desenvolvimento económico em Matosinhos e um pacote de medidas para enfrentar a crise económica no concelho», segundo José Pedro Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos.Acompanhado pelos economistas Valdemar Madureira e Manuel Faria de Almeida, José Pedro Rodrigues começou por referir «que Matosinhos possui, no contexto do noroeste peninsular, um conjunto de vantagens únicas no plano económico, albergando o Porto de Leixões, o Aeroporto do Porto, um dos maiores portos de pesca do país e vias rodoviárias e ferroviárias estruturantes, a que se juntará brevemente o terminal de cruzeiros e a plataforma logística intermodal».
«Não obstante a existência destas infra-estruturas, a incapacidade dos sucessivos executivos camarários em definir uma estratégia de afirmação económica do concelho levou a que a crise se acelerasse em Matosinhos a níveis superiores aos verificados no País», acusou José Pedro Rodrigues, lembrando que «ainda antes da chamada crise internacional, mais concretamente entre 2000 e 2006, o número de empresas do sector das indústrias transformadoras neste concelho teve uma redução de 15,7%, uma quebra bem superior à verificada no distrito e no país (6,7% e 6,4%, respectivamente), quebra ainda mais acentuada entre 2006 e 2010, período em o processo de desmantelamento do sector foi especialmente forte, já que a redução do número de empresas neste período atingiu 35,7%, (comparando com os 23,8% do distrito e 24,4% do país)».
A CDU apontou uma tendência semelhante no sector do comércio em Matosinhos, lembrando que entre 2000 e 2006 o número das empresas neste concelho sofreu uma significativa redução, 6,4%, (maior do que no distrito e no país, 1,2% e 5,5%, respectivamente). Entre 2004 e 2006 a diminuição do número de empresas de comércio foi de 14,6% e a partir de 2006 e até 2010, a quebra foi mais significativa, tendo o declínio do sector em Matosinhos sido mais acentuado do que no restante distrito e país. Assim, enquanto a redução do número de empresas do sector atingiu os 16,7% no Porto e 16,1% no país, em Matosinhos a quebra foi de 20,3%. Valdemar Madureira sublinhou a evolução negativa da economia do concelho de Matosinhos e o seu impacto no aumento do desemprego e na pobreza. «Considerando os últimos dados do IEFP, referentes ao passado mês de Junho, constatamos que o número de inscritos no centro de emprego aumentou 10,6% relativamente a igual mês do ano passado, enquanto que no distrito do Porto o aumento foi de 7,7% e no país de 6,8%. No caso dos inscritos com menos de 25 anos o aumento homólogo em Matosinhos foi de 6%, no distrito de 5,3% e no país de 4%», revelou o economista, acrescentado que «se compararmos a situação actual com Junho de 2010, o primeiro ano do mandato municipal em curso, em Matosinhos, temos que o número de inscritos no centro de emprego aumentou 38,2%, (no distrito aumentou 23,8% e no país 25%) e que, no mesmo período, o número de jovens com menos de 25 anos inscritos no centro de emprego de Matosinhos aumentou 43,2%; mais uma vez, aumento muito superior ao verificado no distrito do Porto e no país».
«Nem PS, PSD E CDS podem fugir às suas responsabilidade nesta tragédia», acusou José Pedro Rodrigues.
A CDU responsabilizou de forma inquívoca PS, PSD e CDS pela presente situação que se vive no concelho, considerando que «é o resultado mais acabado das políticas desenvolvidas há 37 anos no País por sucessivos governos destes partidos, que não podem agora vir prometer em Matosinhos o contrário do que andaram a dizer e a fazer todos estes anos». José Pedro Rodrigues denunciou concretamente a «demagogia do candidato do PSD em Matosinhos que fala do "drama do desemprego" como se o PSD não tivesse responsabilidade nenhuma no "drama do desemprego" que o concelho vive. «Além das evidentes responsabilidades que tem na situação a que o País chegou, o PSD esteve três anos e meio na Câmara Municipal de Matosinhos partilhando responsabilidades com o PS e meio ano ao lado do independente Guilherme Pinto e, neste período, o desemprego no concelho aumentou como nunca», acusou o candidato da CDU.
O candidato à Câmara Municipal da CDU tornou aidna pública uma estratégia de desenvolvimento para o município que «abarca diferentes vertentes da vida económica e social de Matosinhos e valoriza todas as infra-estruturas e potencialidades do concelho, bem como o seu sector tradicional, tendo em vista o combate ao desemprego, a defesa do emprego de qualidade e com direitos, e a melhoria das condições de vida e de trabalho da população». No topo das preocupações da CDU está a conclusão da revisão do Plano Director Municipal; a criação de um Conselho Municipal para as Actividades Económicas; a instituição do princípio de consulta obrigatória dos representantes do comércio local em todos os processos de licenciamento de unidades comerciais de dimensão relevante e de qualquer natureza a instalar no Concelho; a implementação de processos simplificados de licenciamento a estabelecimentos dos sectores da pequena indústria, do comércio tradicional, da restauração e dos serviços; e a criação de novas zonas industriais de iniciativa municipal, Leça do Balio/Custóias e Perafita/Lavra, devidamente infra-estruturadas e com acessibilidades, destinadas à instalação de novas empresas e unidades produtivas.
No âmbito da promoção da cultura, da valorização do património e do turismo, a CDU propôs o desenvolvimento de uma política de turismo cultural que articule os espaços existentes com a construção do Museu da Arquitectura – incidindo particularmente sobre arquitectos com obra em Matosinhos, casos de Fernando Távora, Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Alcino Soutinho –, e do Museu do Mar, a par da requalificação urbana de todas as zonas históricas de comércio tradicional com apoio municipal, designadamente através da isenção de taxas e licenças e da organização e promoção de candidaturas ao QREN.
O candidato da CDU defendeu ainda que «devem ser implementadas medidas que visem revitalizar os centros urbanos das freguesias do concelho, promovendo a limpeza, iluminação adequada e medidas de embelezamento desses centros, em particular revitalizando a baixa de Matosinhos, designadamente a Rua Brito Capelo e toda a zona envolvente». «É preciso devolver a vida à baixa de Matosinhos. Temos praia, temos cultura, temos artes centenárias, restauração e uma comunidade única que vale a pena conhecer e visitar. Se a Câmara Municipal tem vergonha de mostrar Matosinhos aos turistas, será por ter deixado degradar o seu centro ao limite do inaceitável. Nós queremos devolver-lhe o brilho de outros tempos. Não só para os turistas mas sobretudo para quem cá vive», concluiu José Pedro Rodrigues.
Matosinhos, 3 de Agosto de 2013