Intervenção de Jaime Toga - Sobre o Reforço do Partido - na 8ª Assembleia da ORP

Camaradas,
Na última Assembleia, decorria no Partido uma importante fase do movimento geral de reforço da organização partidária “SIM, É POSSÍVEL! UM PCP MAIS FORTE” visando avançar significativamente na agregação, funcionamento colectivo, estruturação e capacidade de intervenção do PCP.
Foi neste quadro que assumimos como objectivos a conclusão da campanha de contactos, a assunção de medidas de direcção e quadros para o reforço da organização e intervenção do Partido nas empresas e locais de trabalho, com a criação de estruturas concelhias e o reforço da estrutura regional; uma melhor integração dos membros do Partido e o fortalecimento e alargamento do número de comissões concelhias, de freguesia e outros organismos locais.
A par de tudo isto, avançamos ainda com a necessidade de promover a estruturação da base do Partido, de realizar mais regularmente assembleias de organização de base, de responsabilizar mais quadros e de valorizar o trabalho ideológico, ao mesmo tempo que se incutia uma maior iniciativa e vida própria das organizações, associando sempre o reforço orgânico à iniciativa política e acção de massas.

Dois anos depois de definidos estes objectivos, podemos dizer que as organizações e os militantes responderam ao apelo e que temos hoje no distrito um Partido mais forte.
Os dados comprovam esta evidencia.
Temos hoje esclarecidas mais de 12.500 situações de membros do Partido, apesar de não estarmos satisfeitos pois esta tarefa está por concluir.
Realizamos neste período 71 Assembleias de organização,
Recrutamos 438 camaradas
Responsabilizamos largas dezenas de camaradas por tarefas concretas, muitos dos quais jovens.
Demos passos importantes na criação de células e sectores de empresa, reforçando a nossa organização por local de trabalho e aumentando a capacidade do PCP intervir junto da classe operária e dos trabalhadores,
Realizamos um curso de formação ideológica para responsáveis de organização de base, havendo outros agendados e promovemos inúmeros debates de conteúdo político e ideológico importante para a formação e esclarecimento dos membros do Partido que diariamente são bombardeados com a contra informação e os discursos anti comunistas da comunicação social dominante.
Em suma, camaradas, em tempos de resistência para as forças progressistas face à grande ofensiva em curso, o nosso PCP, afirmando a confiança nos trabalhadores e no povo, conseguiu avançar na sua estruturação e no seu reforço orgânico.

Sendo certo que muitos destes avanços são firmes, a verdade é que outros são ainda incipientes e precisam ser aprofundados. Por outro lado, há ainda estrangulamentos e problemas cuja solução exige um PCP mais forte, que consolide os avanços verificados e leve mais longe a nossa organização.

É neste quadro de preocupações, mas com uma grande confiança neste projecto revolucionário de transformação da sociedade e nosso grande colectivo que apontamos na resolução desta Assembleia as nossas prioridades que passam pela responsabilização de quadros, em particular jovens e operários, assegurando a atribuição de tarefas concretas e o acompanhamento à sua execução; pelo reforço do trabalho junto da classe operária e dos trabalhadores nas empresas e locais de trabalho, avançando com as medidas em curso e definindo orientações que permitam ultrapassar as dificuldades e os obstáculos existentes.
Para a concretização deste objectivo é particularmente importante que as comissões concelhias assumam efectivamente este prioridade de trabalho, estudando e analisando a realidade socioeconómica do concelho, definindo sectores e empresas prioritárias e assegurando medidas de direcção capazes de garantir a efectiva criação de estrutura do Partido.
Também o funcionamento efectivo das organizações de base é uma preocupação, propondo-se a realização de reuniões regulares, o estímulo ao trabalho e à direcção colectiva assente numa correcta e funcional distribuição de tarefas. Desta forma contribuiremos também para o aprofundamento do funcionamento democrático das organizações do Partido, para a prestação de contas e a realização regular de Assembleias de Organização.

Camaradas,
Face à ofensiva em curso, para o cumprimento do nosso papel transformador, é cada vez mais importante uma ampla participação dos militantes na vida do Partido, que cada camarada possa assumir uma tarefa (por pequena que seja), que possa ser apoiado na sua execução, e que tenha uma correcta integração na vida do Partido, que contrarie rotinas de responsabilização e de organização, entendendo a organização do Partido como um instrumento para a nossa intervenção e não como um fim em si.

Desta forma será mais fácil, mas também mais eficaz, dar sequência ao importante trabalho de recrutamento que temos vindo a desenvolver, tratando da rápida e eficaz integração dos 750 novos camaradas que nos propomos recrutar até à próxima Assembleia, sem esquecer a difusão da imprensa do partido e o esclarecimento da situação dos inscritos cuja ficha ainda não foi actualizada.

Com estas medidas acreditamos ser possível consolidar o trabalho já realizado, ao mesmo tempo que se criam condições para o crescimento e para o avanço deste grandioso Partido.
Assim, tal como afirma a resolução do Comité Central de Janeiro de 2007, “Exigindo trabalho colectivo, iniciativa dos militantes e organizações, controlo de execução e um sentido crítico e autocrítico, a concretização integrada destas medidas será decisiva para um Partido mais apto para resistir, intervir e avançar, sejam quais forem as condições em que tenha de actuar.”

Viva a 8ª Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP!
Viva a JCP!
Viva o PCP!