A situação habitacional na cidade do Porto tem vindo a agravar-se, designadamente para as classes económica e socialmente mais desfavorecidas. As condições de manutenção de diversos bairros municipais e a falta de requalificação dos seus espaços exteriores, a incapacidade de o parque habitacional social (municipal e do IHRU) dar resposta a todos os pedidos motivados por carência económica e por degradação do parque habitacional privado, a manutenção, em más condições de habitabilidade de centenas de ilhas, a proliferação desenfreada de estabelecimentos de turismo que tem levado à expulsão dos moradores e à especulação imobiliária, a situação de paralisação do fundo imobiliário do bairro do Aleixo, com a degradação das condições de habitabilidade e de vida dos moradores que no mesmo se mantém, são alguns exemplos que ilustram a situação habitacional do Porto, num quadro, dramático, de perda persistente da sua população.
Na passada 4.ª-feira, dia 22 de Novembro, perto de duas dezenas de trabalhadores, docentes e auxiliares, foram confrontados com o encerramento do Colégio Vieira de Castro, sito na Rua da Alegria (Porto).
Este encerramento vinha a ser sucessivamente balizado pela direcção – e justificado com a "estrutura deficitária" e a "falta de suporte" para as despesas - que o apontou, numa primeira instância, para o final do ano lectivo 2017/2018, numa segunda instância para o final do presente ano civil de 2017, culminando agora, com a antecipação do fecho de portas, a meio do 1.º período do ano lectivo.