...e continuar a discriminação da região
Segundo declarações do Secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, hoje tornadas públicas o Governo prepara-se, mais uma vez, para adiar e limitar a expansão do Metro do Porto. De acordo com este responsável governamental, é necessário continuar a “articular”, “consensualizar” e ainda “afinar” projectos e prazos. A confirmar-se a intenção de arrastar mais no tempo o cumprimento dos compromissos do Governo nesta matéria, trata-se de um facto inaceitável com consequências muito negativas para a população da Região do Porto.
No decurso de todo este processo do Metro do Porto, a Junta Metropolitana do Porto tem mantido uma postura comprometedora dos interesses regionais, capitulando perante propostas negativas feitas pelo Governo, de que se destaca o memorando assinado em Maio de 2007 que formalizou a maioria do Governo na gestão da Metro do Porto.
De facto, nas visitas/encontros/reuniões do Sr. Ministro das Obras Públicas, António Mendonça, a terem lugar durante o dia de hoje no Porto serão abordadas questões estruturantes para a Região, como as SCUT, os transportes públicos e a Autoridade Metropolitana de Transportes, e a gestão do Aeroporto. Tratam-se de assuntos para os quais o Governo anunciou intenções altamente preocupantes, nomeadamente a introdução de portagens na A28, A29 e A41 e a privatização da ANA.
O Governo insiste na prossecução das políticas de desinvestimento público e de discriminação da Região do Porto praticas na legislatura anterior, como ficou demonstrado com a recente confirmação, em resposta a um requerimento do Grupo Parlamentar do PCP, que a Plataforma Logística Maia/Trofa não se concretizará “enquanto o preços dos terrenos [que a construtora interessada – SOMAGUE – tem que pagar] não vier a descer para níveis mais baixos”.
A DORP do PCP denuncia a manobra em curso pelo Governo para justificar mais adiamentos e limitações à expansão do Metro do Porto e a concretização de outras opções que a avançarem agravarão a crise económica e social existente, e exige que a Junta Metropolitana do Porto assuma um papel reivindicativo consequente na defesa dos interesses da população da Região.
O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República confrontará de imediato o Governo e o Partido Socialista com os compromissos assumidos para a expansão do Metro e da salvaguarda da SCUT perante os baixos indicadores económicos e sociais da Região do Porto, defendendo o fim da discriminação a que este distrito tem sido condenado.
Porto, 8 de Janeiro de 2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP