No passado dia 1 de Janeiro foi reposta a isenção de portagens em várias ex-SCUT. Uma medida positiva que discrimina negativamente o distrito do Porto, que não vê nenhuma das suas ex-SCUT abrangida por esta medida.
Mesmo no caso da A4, que várias notícias apontavam para a isenção, o troço entre Valongo e Matosinhos, ex-SCUT, continua a ter os dois pórticos em funcionamento, cobrando a portagem a todos os que diariamente os atravessam. É uma situação que frustra expectaivas, deixando muitos utentes desta via com sentimento de que foram enganados.
Este troço da A4 (entre o nó com a A3 e o nó com a A28) é, segundo técnicos, fundamental à resolução de problemas de congestionamento no acesso e no atravessamento do Porto de quem vem do Norte.
A proposta de isenção de portagens apresentada pelo PS foi, como desde a primeira hora o PCP denunciou, desenhada com o rigor maquiavélico de garantir que nenhum pórtico localizado no distrito do Porto fosse abrangido pela isenção.
Situação que se consolidou pela convergência do PS com o PSD, CDS e IL para chumbar as propostas do PCP para acabar com esta injustiça e incluir a isenção de portagens nas ex-SCUT do distrito do Porto (A4, A28, A29, A41 e A42).
Bem podem autarcas, deputados e dirigentes desses partidos reconhecer que é injusta a cobrança de portagens nestas vias ou falar dos problemas de mobilidade e reclamar medidas... não se livram da triste responsabilidade pelo facto destas vias continuarem a ser portajadas, acrescentando problemas e dificuldades aos que já são enfrentados pelas populações e pelas empresas da região.
O PCP não desistirá de lutar contra esta injustiça e, no imediato, questionará o governo sobre as razões da exclusão dos pórticos da A4 localizados no distrito do Porto da isenção.
Porto, 7 de Janeiro de 2025
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP