A introdução de portagens das ex-SCUT, implementada pelo governo PS/Sócrates e mantida pelos governos seguintes do PSD/CDS e PS, confirma as consequências nefastas para as populações e para a economia que o PCP havia denunciado.
A região do Porto acabou cercada por vias nestas situações (A28 no Litoral, A41 e A42 no anel regional externo e A29 na zona sul). Em várias situações, não há alternativas viáveis a estradas portajadas, com o consequente aumento dos custos de deslocações das populações e de funcionamento das empresas, para lá do agravamento de injustiças e desigualdades territoriais.
O problema é tão evidente que, não raras vezes, na região há unanimidade na identificação desta situação como sendo injusta. Contudo esta unanimidade que alguns assumem na região não tem coerência com o que fazem na Assembleia da República. Ainda no último Orçamento do Estado, o PCP propôs a revogação das portagens nas ex-SCUT, que foi não aprovada pela combinação de votos contra do PS, PSD, CDS, IL e abstenção do PAN.
Alguns dos responsáveis pela introdução das portagens, ou pela sua manutenção, dizem-se agora preocupados com os problemas decorrentes do tráfego na VCI e promovem discussões sobre a deslocação de portagens, a introdução de novas portagens ou de novos pórticos.
Face a esta situação, a DORP do PCP:
1. Recusa a deslocação das portagens existentes para outras vias, ou introdução de novas portagens (nomeadamente na VCI), ou mesmo a introdução de novos pórticos que autarcas do PS e PSD vão promovendo.
2. A solução para os problemas de mobilidade da região passa pela revogação dos pórticos na região e pela melhoria e reforço dos transportes públicos na região.
Porto, 29 de Abril de 2021
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP