A Assembleia da República acaba de aprovar a Proposta do Grupo Parlamentar do PCP para a reabertura do serviço ferroviário de passageiros entre Leixões e Ermesinde, com ligação a Campanha.
Tal proposta reveste-se ainda de maior significado porque, ao contrário do que aconteceu em 2009, a mesma prevê a realização de um conjunto de investimentos que permitirão que este serviço sirva: a) importantes núcleos populacionais de Matosinhos, Maia, Porto, Valongo e Gondomar; b) unidades industriais e empresas estratégicas para a região como a EFACEC; c) milhares de estudantes que frequentam o Pólo Universitário da Asprela/S. João; d) em geral a população do distrito, particularmente do seu interior, porque o serviço permitirá a ligação com 10 linhas da STCP, a rede de metro do Porto (Estação do Senhor de Matosinhos, Esposade, Araújo e Estádio do Dragão) e cruza com as rodovias estruturantes do norte do País (A28, A4, A3, VRI, N13, N14).
A proposta do PCP, fundada numa estreita ligação aos problemas da mobilidade regional, aproveitando as potencialidades desta linha de leixões, electrificada ainda no final do século passado, prevê a construção de um conjunto de infra-estruturas que vão garantir um serviço de qualidade, nomeadamente:
1) construção de uma Estação Intermodal de Passageiros de Leixões com estacionamento no terreno da APDL e interligação modal com o Metro na Estação Senhor de Matosinhos;
2) dois novos apeadeiros na Arroteia/Leça do Balio e EFACEC (a poente da Via Norte);
3) intervenções para melhoria da plataforma e abrigo para passageiros e rampas de ligação nas estações de Leça do Balio e São Mamede de Infesta;
4) intervenções para melhoria da plataforma e abrigo para passageiros em S. Gemil e Ermesinde;
5) reativação da estação de Guifões, Ponte do Carro, Gondivinho e Araújo
6) a criação da Estação do Pólo Universitário da Asprela, no Porto, junto ao Hospital de S. João.
A reabertura da linha de leixões, acompanhada de um conjunto de investimentos nas actuais e novas infra-estruturas, é uma decisão estratégica no quadro da mobilidade regional multi-modal e, provavelmente, o passo mais decisivo em termos de mobilidade regional nos concelhos do limite norte da cidade do Porto.
Exige-se agora a tomada de medias, por parte de governo, de forma a operacionalizar a proposta que a Assembleia da República acaba de aprovar.
Porto, 26 de janeiro de 2018
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP