A anunciada intenção do Governo em introduzir 15 novos pórticos de portagens automáticas (14 dos quais no Norte do país) representa um novo atentado à economia do Norte, cujas consequências serão necessariamente graves e imprevisíveis.
Mais uma vez o Governo ignora por completo a falta de alternativas às vias que pretende agora portajar em novos troços, tornando desta forma impossível realizar mesmo a mais pequena deslocação sem que isso acarrete custos acrescidos de portagens, lançando o caos na malha rodoviária normalmente dedicada ao trânsito local, com consequências na degradação das estradas e na segurança de quem transita e das populações.
Mais uma vez o Governo ignora a grave crise económica, que afecta com particular intensidade as regiões alvo desta pretensa medida, sendo que algumas, tais como o Vale do Sousa e Baixo Tâmega, estão inclusivamente classificadas como das sub-regiões mais pobres de toda a União Europeia. O Governo ignora as notícias que diariamente se repetem dando conta de encerramentos de empresas e do crescimento do desemprego e da pobreza.
Refira-se que o distrito do Porto foi, em 2012, aquele em que mais insolvências de empresas se verificou, o desemprego está quatro pontos acima da média nacional e apresenta o maior número de beneficiários do rendimento social de inserção constituindo esta prestação social um indicador de pobreza.
Mas nada disto interessa ao governo PSD/CDS-PP, o definhamento da economia e o agravamento dos problemas sociais são questões menores e mesquinhas.
O Governo opta por ignorar também a brutal quebra na utilização das ex-SCUT, que em 2012 chegou a atingir os 49%, e que tem originado perda de receita para o Estado de tal ordem que os benefícios das portagens são largamente suplantados pelos impactos económicos negativos das mesmas.
Antes de tomar esta decisão seria mais adequado e sensato que o Governo procedesse a um estudo, este teria utilidade, sobre as consequências da introdução das portagens nas ex-SCUT, quais foram as vantagens e as desvantagens, quem ganhou e quem perdeu.
As conclusões estão à vista de todos, o Governo não as quer ver nem conhecer.
Por tudo isto é certo que a contestação às portagens irá ser retomada. O PCP vai entregou Assembleia da República uma pergunta em que denuncia que depois da introdução de portagens pelo anterior Governo PS, agravando as condições de vida dos utentes em detrimento dos privilegiados negócios milionários das PPP`S, agora é o PSD e CDS a repetir a receita, agravando as injustiças com uma medida que não vai resolver nenhum problema do país.
É urgente pôr fim a esta política de desastre para o país.
A DORP do PCP continuará solidária com a luta dos utentes das auto-estradas visadas e a dar expressão na Assembleia da República da luta de todos aqueles que estão contra mais esta injustiça.
18.01.2013
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
A anunciada intenção do Governo em introduzir 15 novos pórticos de portagens automáticas (14 dos quais no Norte do país) representa um novo atentado à economia do Norte, cujas consequências serão necessariamente graves e imprevisíveis. Mais uma vez o Governo ignora por completo a falta de alternativas às vias que pretende agora portajar em novos troços, tornando desta forma impossível realizar mesmo a mais pequena deslocação sem que isso acarrete custos acrescidos de portagens, lançando o caos na malha rodoviária normalmente dedicada ao trânsito local, com consequências na degradação das estradas e na segurança de quem transita e das populações.
Mais uma vez o Governo ignora a grave crise económica, que afecta com particular intensidade as regiões alvo desta pretensa medida, sendo que algumas, tais como o Vale do Sousa e Baixo Tâmega, estão inclusivamente classificadas como das sub-regiões mais pobres de toda a União Europeia.
O Governo ignora as notícias que diariamente se repetem dando conta de encerramentos de empresas e do crescimento do desemprego e da pobreza. Refira-se que o distrito do Porto foi, em 2012, aquele em que mais insolvências de empresas se verificou, o desemprego está quatro pontos acima da média nacional e apresenta o maior número de beneficiários do rendimento social de inserção constituindo esta prestação social um indicador de pobreza.
Mas nada disto interessa ao governo PSD/CDS-PP, o definhamento da economia e o agravamento dos problemas sociais são questões menores e mesquinhas. O Governo opta por ignorar também a brutal quebra na utilização das ex-SCUT, que em 2012 chegou a atingir os 49%, e que tem originado perda de receita para o Estado de tal ordem que os benefícios das portagens são largamente suplantados pelos impactos económicos negativos das mesmas.
Antes de tomar esta decisão seria mais adequado e sensato que o Governo procedesse a um estudo, este teria utilidade, sobre as consequências da introdução das portagens nas ex-SCUT, quais foram as vantagens e as desvantagens, quem ganhou e quem perdeu.
As conclusões estão à vista de todos, o Governo não as quer ver nem conhecer. Por tudo isto é certo que a contestação às portagens irá ser retomada. O PCP entregou na Assembleia da República uma pergunta em que denuncia que depois da introdução de portagens pelo anterior Governo PS, agravando as condições de vida dos utentes em detrimento dos privilegiados negócios milionários das PPP`S, agora é o PSD e CDS a repetir a receita, agravando as injustiças com uma medida que não vai resolver nenhum problema do país.
É urgente pôr fim a esta política de desastre para o país. A DORP do PCP continuará solidária com a luta dos utentes das auto-estradas visadas e a dar expressão na Assembleia da República da luta de todos aqueles que estão contra mais esta injustiça.
18.01.2013
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP