No momento em que são públicos lucros de 486 milhões de euros do banco público, a administração da CGD, com a passividade cúmplice do governo, prepara o encerramento de mais 23 balcões em Portugal continental, num processo que não é novo e levou já ao encerramento de mais de 300 Agências e redução de 3300 trabalhadores nos últimos 10 anos, contribuindo para as dificuldades de resposta de muitos balcões, mas também para a transferência para a banca privada de clientes e negócios.
Entre as agências que se prevê encerrar, estão 4 da região do Porto: Gueifães (na cidade da Maia) e Amial, São João e Lordelo do Ouro (na cidade do Porto). A confirmar-se esta intenção, só na cidade do Porto, representa uma diminuição de 37 para 18 agências em 10 anos.
O PCP considera que o que se exige é parar o processo de encerramento de balcões e reverter esse processo, reabrindo particularmente um conjunto de balcões que desempenhavam um papel de proximidade com as populações. Da mesma forma, o Estado precisa de redefinir as orientações dadas à CGD, para que esta, através do seu próprio exemplo, dê um contributo decisivo para romper com as práticas de comissões abusivas que hoje proliferam no sector bancário.
Tal como foi já anunciado, o PCP irá chamar o Ministro das Finanças à Assembleia da República para questionar as orientações do Governo para a CGD.
Simultaneamente, a DORP do PCP reclamando do governo e do banco público a interrupção do processo e apela à luta dos trabalhadores e das populações contra estes encerramentos, apontando para a próxima semana protestos nos 4 balcões que a CGD pretende encerrar na região:
· Segunda-feira, 22 de Agosto, 12h00, Agência de Gueifães;
· Terça-feira, 23 de Agosto, 12h00, Agência de Lordelo do Ouro
· Quarta-feira, 24 de Agosto, 12h00, Agência do Amial (Arca de Água);
· Quinta-feira, dia 25 de Agosto, 12h00, Agência do Parque São João.
Porto, 17 de Agosto de 2022
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP