Foi hoje anunciada a passagem do Hospital Conde de São Bento, em Santo Tirso, para a Misericórdia local, no dia 31 de Março.
Este processo corresponde à privatização encapotada desta unidade de saúde, para a qual contribuíram políticas de desinvestimento levadas a cabo por sucessivos governos de PS e PSD/CDS. A manutenção do carácter público do hospital é inseparável de necessárias melhorias no mesmo, desde logo da construção de novas instalações.
O processo de transferência para a Misericórdia, ambição antiga de PSD/CDS que em 2015 foi impedido de o fazer pelo PCP, beneficia do facto de, para lá das insuficiências do hospital, os terrenos onde este se situa pertencerem à Misericórdia local.
Ao contrário do que alguns procuram vender, a transferência do hospital para a misericórdia não significará uma melhoria do serviço prestado. Pelo contrário, a lei em vigor prevê uma redução de custos em pelo menos 25% neste tipo de situações, o que se traduzirá ou no encerramento de valências ou na extinção de postos de trabalho.
A forma como este processo tem sido conduzido pelo governo encerra em si também graves deformações e traduz um elevado desrespeito pela Autarquia, Administração do Hospital e seus profissionais que foram conhecendo os desenvolvimentos pela comunicação social.
O PCP reafirma a necessidade de defender o carácter público do Hospital Conde de São Bento, bem como um maior investimento que possibilite a construção de novas instalações.
O PCP lembra que na discussão do OE de 2025 propôs a construção de novas instalações, medida chumbada com os votos contra de PSD, CDS e IL e a abstenção do PS. Eles não querem um melhor hospital, querem mais negócio às custas da saúde das populações.
4 de Fevereiro de 2025