Os deputados do PCP eleitos pelo distrito do Porto realizaram segunda-feira uma jornada de trabalho na qual concluíram um conjunto de visitas às instalações e reuniões com profissionais de saúde, utentes e administrações dos centros Hospitalares do distrito com o objectivo de avaliar a capacidade de resposta dos Hospitais do Serviço Nacional de Saúde do distrito do Porto.
Destacando que os Serviços Públicos e as funções sociais do Estado sofreram um profundo ataque com o governo PSD/CDS, que aos encerramentos juntou as privatizações, a precarização das relações de trabalho com os profissionais, o encarecimento do acesso pelas populações... os deputados comunistas denunciam que o Serviço Nacional de Saúde foi fortemente afectado, havendo situações diversas em que o direito à Saúde ficou em causa.
A nova fase da vida política nacional permitiu avanços e melhorias. Logo no início da legislatura, com o empenho e a proposta do PCP foi possível travar a entrega do Hospital de Santo Tirso a privados, foram reduzidas taxas moderadoras e contratados médicos. Avanços e melhorias limitados, que estão ainda aquém do possível e do necessário pois subsistem graves lacunas e insuficiências em recursos humanos, nomeadamente enfermeiros e assistentes operacionais, bem como algumas especialidades médicas.
Em conferência de imprensa realizada no final da jornada de trabalho, os deputados do PCP alertaram para a imperiosa necessidade de investimento dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde do distrito, alvo de subfinanciamento desde 2008, com consequências negativas ao nível dos equipamentos e dos recursos humanos. Estamos numa fase em que não há como adiar o esforço de investimento que terá necessariamente de ser feito pois está tudo no limite das capacidades.
Para além dos recursos humanos, os deputados do PCP assinalaram o impacto ao nível dos equipamentos das quebras significativas de investimento a que se assistiu durante estes últimos anos, de governo PSD/CDS, justificando a justeza da intervenção do PCP na defesa do reforço do investimento neste sector uma vez que muitos equipamentos hospitalares estão no limite da vida, comprovando a necessidade imperiosa de investimento em equipamentos e em meios de diagnóstico, o que poderia permitir ainda internalizar um conjunto de serviços e exames que são hoje entregues ao setor privado.
Para além dos equipamentos e dos recursos humanos, os deputados registaram ainda a insuficiência do financiamento nos hospitais quer para pagar despesas, quer para assegurar investimentos futuros que contrariem a degradação do serviço.