PCP
Plenário de militantes da ORP
Com mais de 250 militantes a encherem a sala do centro de Trabalho da Boavista, muitos foram aqueles que com as suas intervenções participaram no que consideram ser a permanente construção da actividade partidária. Desde a análise aos resultados eleitorais, contrastando, sobretudo no que se refere às autárquicas, o sentimento de insatisfação, em alguns locais, com a satisfação do reconhecimento do trabalho por parte das populações noutros, até à situação politico social, passando pela descrição de situações especificas de empresas, sectores de actividade e freguesias, os contributos foram quantitativa e qualitativamente muito significativos. Contributos e propostas consideradas por Jaime Toga, na intervenção que encerrou o plenário, como muito "importantes para a análise e definição" do trabalho e da "orientação colectiva".
Em muitas intervenções, foram valorizados os imensos contactos, quer ao nível eleitoral, quer no trabalho regular do partido junto dos trabalhadores e das populações, que se têm traduzido no reforço do PCP, e a que Jaime Toga se referiu como "uma campanha de massas" que se não tivesse existido, considerou, traria resultados eleitorais "substancialmente diferentes, para pior".
Aliás, aquele dirigente comunista, responsável da Organização Regional do Porto do PCP, iniciou o plenário com uma intervenção em que considerou que o ciclo eleitoral recente "não pode ser visto apenas à luz dos resultados", sem que se tenham em conta "os meses de silenciamento, deturpação e caricaturização" da mensagem do PCP "nos meios de comunicação social dominantes". Por outro lado, Jaime Toga lembrou as enormes realizações do PCP levadas a cabo, nomeadamente, nos últimos anos, bem como, a forte e marcante presença dos comunistas nas grandes e nas pequenas lutas, envolvendo os trabalhadores e as populações para a defesa e conquista dos seus legítimos direitos. O dirigente comunista lembrou a Marcha Confiança e Luta, o comício no Palácio de Cristal, no Porto, entre outras, e muitas lutas unitárias, nas quais os militantes do PCP tiveram um papel relevante.
Factor de realce foi também, em diversas intervenções, a continuidade do aprofundamento do conhecimento dos problemas locais, levada a cabo neste último ano, em que, apesar da sobrecarga relativa ao ciclo eleitoral recente, permitiram aumentar a proximidade com os anseios reais das populações.
Jaime Toga anunciou ainda a 9ª Assembleia da Organização Regional do Porto, a realizar no dia 13 de Fevereiro do próximo ano "onde se irá proceder à avaliação do trabalho realizado, se analisará a evolução política, económica e social da região nestes últimos anos, e se elegerá também uma nova direcção regional".
Numa perspectiva de desenvolvimento do trabalho futuro, diversos militantes comunistas, referiram exemplos graves de injustiças, nomeadamente laborais, aos quais os comunistas devem continuar a dar combate, sendo unânime que a "luta é o único caminho" para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e das populações.
E, nessa luta, Jaime Toga apontou como sendo de grande relevância a actual questão salarial, aquele dirigente comunista identificou como mais uma agressão aos trabalhadores portugueses, a pretexto da crise, e da anunciada "inflação zero", e nomeadamente através de declarações públicas do "patrão dos patrões, Francisco Van Zeller", a recente e presente tentativa de mistificação para condicionar os trabalhadores a aceitar a inexistência de aumentos salariais. Jaime Toga relembrou que durante "anos seguidos" os trabalhadores portugueses têm vindo a perder poder de compra, com graves consequências para as suas vidas, e reafirmou a importância dos aumentos salariais também como importantes impulsionadores da economia, através do consumo interno. Para aquele dirigente comunista "esta é uma questão central", que se coloca no imediato, e a que os militantes comunistas têm que fazer frente para a defesa dos aumentos de salários e dos direitos dos trabalhadores.