PCP
Acção nacional do PCP: “Moção de Censura – Pôr fim ao desastre. Derrotar o governo e a política de direita»
Ontem, na rua Sá da Bandeira, teve lugar uma acção de protesto pela exigência da demissão do governo. Hoje, na região do Porto, estão em curso distribuições em diversos locais de trabalho, transportes públicos e no centro das principais cidades.
No folheto em distribuição nas várias acções de contacto, pode ler-se que os portugueses condenaram de forma clara, com o seu voto no passado domingo, o rumo de afundamento do País e de destruição das suas condições de vida, e são explicadas as razões para a apresentação da moção de censura a um governo que política e socialmente se encontra isolado; censura a um governo e a uma política fora da lei e em confronto com a Constituição da República: censura a um governo e uma política que rouba nos salários e reformas, que assalta os rendimentos das famílias e dos pequenos e médios empresários, que nega o direito à saúde e à protecção social; censura a um governo, e aos partidos que lhe dão suporte, que prepara com o Documento de Estratégia Orçamental uma nova ofensiva contra os direitos e rendimentos do povo; censura à mentira sobre uma chamada “saída limpa” que visa esconder a intenção de perpetuar por décadas a política de fazer pagar ao povo e ao País uma dívida insustentável para benefício da banca, dos especuladores, das principais potências da União Europeia; uma moção de censura que assume uma indispensável exigência de mudança não só de governo mas de política!
No mesmo folheto, o PCP afirma a alternativa que propõe ao povo português – a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento rejeitando a sua parte ilegítima; a defesa e o aumento da produção nacional, a recuperação para o Estado do sector financeiro e de outras empresas e sectores estratégicos indispensáveis ao apoio à economia, o aumento do investimento público e o fomento da procura interna; a valorização efectiva dos salários e pensões e o explícito compromisso de reposição de salários, rendimentos e direitos roubados; a opção por uma política orçamental de combate ao despesismo através do aumento da tributação dos dividendos e lucros do grande capital; uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular nas funções sociais do Estado; uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais nas relações com a União Europeia.