O encerramento da refinaria da GALP em Matosinhos em Abril de 2021 constituiu um erro estratégico e um crime económico e social contra o País que, concretizado em nome da dita descarbonização, se tem traduzido em mais dependência, em mais importações (combustíveis e outros produtos refinados que o País deixou de produzir), com acrescidos custos ambientais, desemprego de centenas de trabalhadores e definhamento do aparelho produtivo nacional.
Face a notícias que têm vindo a público, como as que hoje o JN destacou, sobre intenções de compra da refinaria, o PCP exige do Governo que se verifique os reais propósitos desta iniciativa, impedindo aproveitamentos e intervenha na salvaguarda dos interesses do País, evitando o desmantelamento da capacidade produtiva, a destruição de postos de trabalho, a especulação imobiliária, ou a entrega de volumosos recursos públicos a grupos económicos como a GALP.
O PCP sublinha ainda que estas notícias vêm confirmar a importância e interesse da refinaria e reafirma a necessidade de se recuperar e colocar ao serviço do País todas as potencialidades aí existentes, tendo como objectivo o abastecimento energético do País e de outros produtos derivados, a par de medidas que, de facto, contribuam para salvaguarda ambiental.
Porto, 5 de Outubro de 2023
Direcção da Organização Regional do Porto do PCP