Economia
Acção do PCP “Pelos direitos sociais e laborais, contra a degradação e encerramento de serviços públicos. Uma política patriótica e de esquerda"
No âmbito do lançamento da campanha, a DORP do PCP promoveu uma acção de contacto na refinaria do Porto da Petrogal cujos trabalhadores, confrontados como todos os portugueses com esta política de desastre nacional, enfrentam a ofensiva patronal contra o seu acordo de empresa e os seus direitos.
A campanha que agora se inicia terá outras acções de contacto com os trabalhadores e populações das quais destacamos, nos próximos dias, a Festa da Unidade, em São Pedro da Cova, com comício no dia 2 de Agosto, com a presença de Carlos Gonçalves (Comissão Política do CC do PCP) e os convívios de Verão do próximo domingo, no Marco de Canavezes com a presença de Jaime Toga (Comissão Política do CC do PCP) e no Porto com a presença de Pedro Carvalho (da DORP do PCP e vereador na Câmara Municipal do Porto).
No folheto em distribuição, denuncia-se: o novo roubo nos salários e pensões através de novos cortes, para este e para os próximos anos; o novo ataque aos direitos e salários dos trabalhadores por via da alteração ao código do trabalho visando destruir a contratação colectiva; o prolongamento do corte para metade do pagamento das horas extraordinárias, do trabalho em dia de feriado ou de descanso semanal, que o tribunal Constitucional havia decidido limitar até 1 de Agosto; e a liquidação de serviços públicos.
O PCP sublinha, ainda, que o roubo ao povo através do aumento brutal dos impostos sobre o trabalho, dinheiro que é canalizado para os lucros do grande capital. Disto são exemplo os 7 mil milhões de euros em juros da dívida que saem do País para os grandes bancos da Europa, os milhões enterrados nas PPP e nos SWAP ou a redução de impostos sobre os lucros. Assinala-se ainda que a situação no Grupo Espírito Santo é mais um exemplo de gestão danosa e fraudulenta, a somar ao BPN, ao BPP e ao BCP, em que postas a salvo as fortunas pessoais construídas à custa da economia e do interesse nacional, se quer, com o apoio do governo, transferir para as costas dos trabalhadores e do povo, os custos dos buracos financeiros que criaram.
No mesmo folheto, o PCP reafirma a necessária derrota do governo e da política de direita, pondo fim ao rumo desastre nacional que há 38 anos, os partidos da política da troika – PSD, CDS e PS – têm protagonizado. Abrindo caminho a uma política patriótica e de esquerda que afirme os valores de Abril no futuro de Portugal, assente nos seguintes eixos: a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento, rejeitando a sua parte ilegítima; uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos; a valorização do trabalho e dos trabalhadores; uma política orçamental de combate às injustiças fiscais; a defesa, diversificação e o aumento da produção nacional; a assumpção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais.