No dia 20 de Julho de 2022, mais de 10 anos após o inicio das operações, a empreitada de remoção de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova foi dada como terminada pela CCDR-N.
Este passo é uma grande vitória da população de S. Pedro da Cova, que nunca se resignou com a situação e lutou para ver a sua freguesia livre deste problema. É também uma vitória do PCP e dos seus eleitos que ao longo de quase 25 anos não permitiram que este crime ficasse enterrado, lutando e insistido na necessidade de resolução do problema.
Ao longo de mais de duas décadas a população de S. Pedro da Cova e o PCP, denunciaram a situação, lutaram contra a falta de vontade politica do poder autárquico e de sucessivos governos, e fizeram tudo ao seu alcance para contrariar o esquecimento e a inércia.
Foi a luta que permitiu que este grave crime não ficasse escondido e foi a luta que obrigou governos, entidades publicas e autarcas a assumirem a necessidade de enfrentar este problema.
Após esta importante vitória e ao contrário de outros interveniente políticos, como o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, o PCP considera que o processo não está completo.
A DORP considera que o problema não está resolvido enquanto não for compensada a população, com a requalificação do espaço, e se garantir o apuramento de todas as responsabilidades por este crime ambiental de magnitude impar no país e enquanto a zona não for requalificada por completo e a população compensada.
Por isto continua a exigir às entidades responsáveis (Governo, CCDR-N e C.M. Gondomar) que apresentem um plano de reabilitação do local e o calendário de implementação. Coisa que ainda não existe e que o Presidente da Câmara de Gondomar continua a protelar.
O PCP continuará a não aceitar que a culpa e as responsabilidade políticas morram solteiras e continuará a exigir um futuro para o local, num processo que envolva as populações.
Porto, 21 Julho de 2022
A Direção da Organização Regional do Porto do PCP