A DORP do PCP saúda a luta da população de S. Pedro da Cova e da sua Junta de Freguesia que há quase duas décadas lutam para que os resíduos perigosos depositados naquela freguesia sejam removidos e que veem agora seus esforços recompensados.
Realizou-se hoje em S. Pedro da Cova uma primeira reunião técnica entre a CCDR-N, a Ecodeal - empresa que ganhou o concurso para a remoção dos resíduos perigosos -, a Câmara Municipal de Gondomar e a Junta de Freguesia de Fânzeres e S. Pedro da Cova com vista à preparação da 2ª fase de remoção dos resíduos perigosos que estão depositados criminosamente nos terrenos do antigo complexo mineiro desta freguesia e que há quase 20 anos aguardam remoção.
Quase 20 anos após a 1ª denúncia e 6 anos após se ter verificado ser necessária uma nova empreitada há novos avanços.
O PCP, que esteve neste processo deste a primeira hora, através dos eleitos da CDU nos diversos órgãos autárquicos, na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, tudo fez para garantir que este grave crime ambiental fosse resolvido. Procurando apoiar e dinamizar a luta da população na resolução deste problema, tendo inclusive aprovado um projecto de resolução na AR, que garantiu o financiamento e o desbloquear da 2ª fase de remoção.
Com efeito e apesar dos vários adiamentos e impasses neste processo, com o Ministério do Ambiente a adiar a remoção por várias vezes, com a CCDR-N a mostrar-se de mãos atadas e com a Câmara de Gondomar a intervir recentemente com a expropriação dos terrenos comprometidos que, por sua informação, deveria estar resolvida até Marços e que agora afirma ser em Julho, a luta rompeu bloqueios.
A população de S. Pedro da Cova em conjunto com a sua Junta de Freguesia, e com o apoio do PCP nunca deixou de lutar, vendo agora os seus esforços recompensados, sendo ainda necessário que o Governo e a CCDR-N anunciem publicamente à população o calendário de operações de remoção.
A DORP do PCP reafirma a sua firmeza neste processo e continuará a lutar até que a remoção seja de facto uma realidade, que a população seja compensada com a recuperação ambiental e paisagística do local e com o apuramento cabal das responsabilidades criminais e políticas, para que este crime ambiental não fique impune.
A Luta compensa!