Decorreu no passado dia 26 de Março, em Vila Nova de Gaia, uma Marcha promovida pelas Comunidades Educativas do concelho, que pretenderam assim demonstrar o seu protesto e descontentamento pela decisão do Ministério da Educação e Ciência em impôr os Mega-Agrupamentos escolares.
Cerca de 300 pessoas, entre pais, professores, alunos e funcionários, desfilaram do El Corte Inglês até à Câmara Municipal de Gaia, com cartazes e panos que denunciavam o que está por trás desta decisão levada a cabo pelo Governo PSD/CDS: despedimentos de milhares de professores, funcionários e outros profissionais da educação, mais alunos por turma, menos qualidade de ensino, menos e pior serviço público.
Estas preocupações estão patentes no abaixo-assinado que será entregue ao Presidente da Câmara, Luís Filipe Menezes, a quem aliás tinha sido pedida uma audiência no mesmo dia da Marcha, mas cuja ausência foi a sua resposta, conforme tem sido habitual.
A criação dos Mega-Agrupamentos escolares terá como consequência a redução de professores, funcionários e outros profissionais da educação, significando novo aumento nos números do desemprego. Esta proposta traz consigo também o aumento do número de alunos por turma, sobrelotação de escolas, o que piorará a qualidade de ensino, bem como contribuirá para o aumento do insucesso e abandono escolar. A centralização dos serviços administrativos, também resultado desta proposta, resulta em barreiras e afastamentos, num serviço que se quer de proximidade a pais, alunos e professores.
Trata-se assim de um despedimento colectivo de professores, de um desrespeito pelos direitos dos profissionais da área da Educação, de um ataque aos direitos dos estudantes e de um empobrecimento do papel da Escola na sociedade.
Estamos perante opções políticas de classe, direccionadas para o enfraquecimento do Sistema Público de Ensino.
O PCP manifesta a sua solidariedade e apoio a esta luta, na defesa da Escola Pública, do emprego, de um presente e um futuro que respeite o Artigo 74º da Constituição da República, que diz “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.”
Transcrevemos abaixo um texto elaborado pelas Comunidades Educativas de Gaia que, reflectindo os objectivos desta contestação, serviu também para divulgação da Marcha:
Na sequência da recusa pública dos Conselhos Gerais de Vila Nova de Gaia na questão da agregação de escolas, membros das 23 Comunidades Educativas (professores, pais, funcionários, alunos, entre outros) estão a colaborar na organização de uma marcha no sentido de mostrar de uma forma cívica e ordeira o seu descontentamento pela opção tomada dos Mega-Agrupamentos, publicado pelo MEC na passada sexta-feira.
O Ministério da Educação e Ciência tem vindo a tentar impor um processo de Agregação de Escolas e Agrupamentos de Escola não tendo em conta a vontade das comunidades educativas e o respeito pelas cartas educativas, pretende impor soluções economicistas, arbitrárias e desproporcionadas. Não se vislumbra qualquer razão de ordem pedagógica para a agregação de escolas ou agrupamentos de escolas. A ser implementada, criará instabilidade nas escolas e constrangimentos acrescidos.
Também em Vila Nova de Gaia, as Comunidades Educativas foram praticamente colocadas à margem de todo o processo, cujas propostas em concreto que a Administração quer concretizar estão descabidas de qualquer sentido pedagógico. Assim, um conjunto de Cidadãos de Gaia decidiram convocar uma Marcha para o próximo sábado, dia 26 de maio, pelas 15h30, entre o El Corte Inglês e a Câmara Municipal. No fim da mesma pretendemos entregar ao Sr. Presidente da Câmara um documento com as nossas posições.
Perante a necessidade de defender uma efetiva qualidade pedagógica dos estabelecimentos de ensino e de assegurar o arranque do próximo ano letivo com tranquilidade, e considerando ainda que as comunidades educativas e os Munícipes de Vila Nova de Gaia não se reveem minimamente na proposta de reorganização da rede educativa apresentada, o nosso objetivo é que não se proceda a qualquer alteração à atual organização existente, até porque a legislação em vigor permite que essa decisão possa ser tomada até ao final do ano letivo 2012/2013.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 27 de Maio de 2012
Decorreu no passado dia 26 de Março, em Vila Nova de Gaia, uma Marcha promovida pelas Comunidades Educativas do concelho, que pretenderam assim demonstrar o seu protesto e descontentamento pela decisão do Ministério da Educação e Ciência em impôr os Mega-Agrupamentos escolares.Cerca de 300 pessoas, entre pais, professores, alunos e funcionários, desfilaram do El Corte Inglês até à Câmara Municipal de Gaia, com cartazes e panos que denunciavam o que está por trás desta decisão levada a cabo pelo Governo PSD/CDS: despedimentos de milhares de professores, funcionários e outros profissionais da educação, mais alunos por turma, menos qualidade de ensino, menos e pior serviço público.
Estas preocupações estão patentes no abaixo-assinado que será entregue ao Presidente da Câmara, Luís Filipe Menezes, a quem aliás tinha sido pedida uma audiência no mesmo dia da Marcha, mas cuja ausência foi a sua resposta, conforme tem sido habitual.
A criação dos Mega-Agrupamentos escolares terá como consequência a redução de professores, funcionários e outros profissionais da educação, significando novo aumento nos números do desemprego. Esta proposta traz consigo também o aumento do número de alunos por turma, sobrelotação de escolas, o que piorará a qualidade de ensino, bem como contribuirá para o aumento do insucesso e abandono escolar. A centralização dos serviços administrativos, também resultado desta proposta, resulta em barreiras e afastamentos, num serviço que se quer de proximidade a pais, alunos e professores.
Trata-se assim de um despedimento colectivo de professores, de um desrespeito pelos direitos dos profissionais da área da Educação, de um ataque aos direitos dos estudantes e de um empobrecimento do papel da Escola na sociedade.
Estamos perante opções políticas de classe, direccionadas para o enfraquecimento do Sistema Público de Ensino.
O PCP manifesta a sua solidariedade e apoio a esta luta, na defesa da Escola Pública, do emprego, de um presente e um futuro que respeite o Artigo 74º da Constituição da República, que diz “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.”Transcrevemos abaixo um texto elaborado pelas Comunidades Educativas de Gaia que, reflectindo os objectivos desta contestação, serviu também para divulgação da Marcha:
Na sequência da recusa pública dos Conselhos Gerais de Vila Nova de Gaia na questão da agregação de escolas, membros das 23 Comunidades Educativas (professores, pais, funcionários, alunos, entre outros) estão a colaborar na organização de uma marcha no sentido de mostrar de uma forma cívica e ordeira o seu descontentamento pela opção tomada dos Mega-Agrupamentos, publicado pelo MEC na passada sexta-feira.O Ministério da Educação e Ciência tem vindo a tentar impor um processo de Agregação de Escolas e Agrupamentos de Escola não tendo em conta a vontade das comunidades educativas e o respeito pelas cartas educativas, pretende impor soluções economicistas, arbitrárias e desproporcionadas. Não se vislumbra qualquer razão de ordem pedagógica para a agregação de escolas ou agrupamentos de escolas. A ser implementada, criará instabilidade nas escolas e constrangimentos acrescidos.Também em Vila Nova de Gaia, as Comunidades Educativas foram praticamente colocadas à margem de todo o processo, cujas propostas em concreto que a Administração quer concretizar estão descabidas de qualquer sentido pedagógico. Assim, um conjunto de Cidadãos de Gaia decidiram convocar uma Marcha para o próximo sábado, dia 26 de maio, pelas 15h30, entre o El Corte Inglês e a Câmara Municipal. No fim da mesma pretendemos entregar ao Sr. Presidente da Câmara um documento com as nossas posições.Perante a necessidade de defender uma efetiva qualidade pedagógica dos estabelecimentos de ensino e de assegurar o arranque do próximo ano letivo com tranquilidade, e considerando ainda que as comunidades educativas e os Munícipes de Vila Nova de Gaia não se reveem minimamente na proposta de reorganização da rede educativa apresentada, o nosso objetivo é que não se proceda a qualquer alteração à atual organização existente, até porque a legislação em vigor permite que essa decisão possa ser tomada até ao final do ano letivo 2012/2013.
Vila Nova de Gaia, 27 de Maio de 2012