Uma delegação da Comissão Concelhia de Vila do Conde do PCP, com Victor Lopes e Guilhermina Costa, e Ricardo Galhardo, da DORP, reuniu esta quarta-feira com a Coordenadora Marta Sousa e os dirigentes da FAPConde Gaspar Lopes e Fábio Alves, da FAPConde no sentido de conhecer melhor o trabalho por esta Federação desenvolvido, bem como perceber quais os principais problemas que os pais sentem neste início de ano letivo.
Foram transmitidos pela FAPConde um conjunto grande de preocupações no que toca ao funcionamento das escolas dos diversos ciclos de ensino mas também em relação a responsabilidades que a autarquia deveria assumir com mais acuidade. Problemas que, não sendo novos, exigiriam que tivessem sido acautelados neste início de ano letivo, mas que ainda assim obrigam à tomada de medidas urgentes em vários sentidos.
É necessário, de imediato, um reforço enorme de pessoal com vínculo efetivo em todos os agrupamentos de escolas, nomeadamente de Assistentes Operacionais, havendo entendimento de que a bolsa de pessoal anunciada pela Câmara Municipal é manifestamente insuficiente. Problemas que se agravam com a falta de condições de vários estabelecimentos de ensino, seja por degradação física dos edifícios, seja pela falta de equipamentos. Uma referência ainda à necessidade de substituição das coberturas em amianto nos 11 estabelecimentos já identificados com a maior urgência.
No que toca a transportes, além de existir mistura entre transporte escolar – que pelas suas funções deveria ser exclusivo para estudantes – com transporte de carreiras, havendo casos de incumprimento de distanciamento físico de segurança, a maioria continua com os mesmos horários de há dezenas de anos, não respondendo às necessidades atuais.
Referida ainda a falta de pessoal docente para acompanhamento de crianças com Necessidades Educativas Especiais, além de terapeutas e psicólogos.
Valorizando o papel da Escola Pública e da participação democrática de pais e alunos, o PCP defende que a Escola Pública necessita de ser reforçada em todas as suas respostas. Considera, ainda, que pelo facto de a epidemia exigir que sejam tomadas medidas excepcionais, nenhum direito das crianças deve ser posto em causa, nomeadamente aqueles que foram adquiridos nos últimos anos, com intervenção do PCP, como os Manuais Escolares Gratuitos, o Passe Único, o Reforço do quadro de pessoal docente e não docente, a Acção Social Escolar, a Redução do número de alunos por turma, entre outros.