Sobre a aprovação da instalação de mais duas grandes superfícies comerciais no Marco de Canaveses

O Partido Comunista Português entende que a recente aprovação, por parte da Comissão Municipal para Instalação e Modificação de Estabelecimentos de Comércio, através do voto de qualidade do Presidente da Câmara Municipal, para a instalação de mais 2 (duas) grandes superfícies comerciais no nosso concelho é mais um atentado aos interesses dos pequenos e médios comerciantes do Marco.

Com o anterior executivo foram várias as decisões políticas que afectaram gravemente os comerciantes do Marco, tendo à cabeça o nefasto negócio da privatização da água que atiraram muitos comerciantes para o desespero. Há cerca de um ano atrás, o PSD e Manuel Moreira apresentaram-se eleitoralmente aos marcoenses fazendo promessas que tardam em cumprir, sendo que uma delas era a luta contra a fixação de mais grandes superfícies comerciais na cidade de Marco de Canaveses.
A vinda destas novas superfícies para a nossa terra, não trarão mais e melhor emprego ou mais e melhor desenvolvimento. O emprego que trarão será seguramente precário, não salvaguardando os trabalhadores e os seus direitos. O desenvolvimento mais não será que uma miragem, pois estas superfícies poderão levar ao encerramento de outros espaços comerciais e com isto aumentará o desemprego no nosso concelho, empurrando mais famílias para o limiar da pobreza.
O PCP na Assembleia Municipal realizada em 27 de Abril de 2006, confrontou o actual executivo com a necessidade de aplicar novas políticas com o objectivo de revitalizar o pequeno e médio comércio, propondo para tal a concretização de diversas medidas, como a alteração à postura do trânsito em algumas artérias da cidade, a criação de mais zonas de estacionamento, o alargamento dos passeios, a iluminação e limpeza das ruas, um maior policiamento da Cidade, a criação de uma loja do cidadão acompanhada da deslocalização de Serviços Municipais.
Esta aprovação para a fixação de novas grandes superfícies, a par da indefinição relativamente ao negócio da água é a prova que a actual maioria na Câmara Municipal tem dúvidas sobre se deve ou não defender o Marco e os marcoenses.
O PCP do Marco de Canaveses não tem dúvidas sobre quem deve defender.

Defenderemos, intransigentemente, os direitos e os interesses do Marco e dos marcoenses, estando solidários com a luta dos comerciantes do Marco contra esta decisão política do Presidente Câmara Municipal.

Não abandonaremos a luta pelo fim do negócio da água, da mesma maneira que não abandonaremos os comerciantes do Marco de Canaveses na sua justa luta contra a fixação de mais 2 grandes superfícies comerciais no nosso concelho.

 Marco de Canaveses, 12 de Outubro de 2006
A Comissão Concelhia do Marco de Canaveses do PCP