Sectores Profissionais
Sobre a novela da Qimonda
1. A demagogia e hipocrisia do Governo PS que decidiu deixar para depois das eleições o anúncio de decisões que afectam a vida de centenas de trabalhadores e suas famílias.
2. A contínua aposta da empresa no cansaço dos trabalhadores, insistindo no lay–off para forçar as rescisões por mútuo acordo e procurar fugir ao despedimento declarado. É hoje claro que o recurso ao lay-off foi um expediente, a par da sucessão de notícias que mandavam e desmandavam no futuro da Qimonda, para manter os trabalhadores e os portugueses calmos até final das eleições, altura em que se revelaram as verdadeiras intenções do Governo e da Administração. Ficou clara a hipocrisia de quem, 24 horas após às eleições, anuncia o despedimento colectivo, tendo até ao último minuto jurado que de nada sabia. Vejamos por exemplo as declarações de Basílio Horta no dia 7 de Outubro: “O Estado, em conjunto com os credores, travou a liquidação da Qimonda (…) Há esperança que a empresa é rentável”. O mesmo Basílio Horta declarou no dia 13 de Outubro que os “despedimentos eram inevitáveis”
3. Que o Governo continua a não dar as respostas que importam:
a. O que vai o Governo fazer para recuperar os 500 milhões investidos nesta empresa?
b. O que vai acontecer aos restantes trabalhadores?
c. O que vai acontecer aos mais de 50 milhões investidos na empresa IRARION Solar Lda no consórcio criado entre EDP/REN e DST (Domingos da Silva Teixeira) e que entretanto já faliu.
A todas estas e outras perguntas faltam as respostas e já agora seriedade e actos.
O PCP anuncia desde já que vai intervir na Assembleia da República no sentido de esclarecer todas estas questões, defendendo o interesse dos trabalhadores e a efectiva viabilidade da empresa num quadro de defesa do interesse nacional.
Porto, 19 de Outubro de 2009
Os Sectores Profissionais/ORP/PCP