Santo Tirso
Sobre as intenções da JMA de despedir 400 trabalhadores
Apesar dos discursos fatalistas, a JMA tem acumulado grandes lucros nos últimos anos, sem que os trabalhadores tenham sido devidamente compensados salarialmente por esse facto.
O encerramento pretendido das duas fiações (há cerca de dois anos foi encerrada a 3ª fiação) aprofundará ainda mais a grave situação económica e social da população desta região do Vale do Ave já profundamente afectada pelo desemprego, pelos baixos salários e pela falta de serviços públicos de qualidade em consequência das políticas desastrosas dos últimos governos.
A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP considera ainda inaceitável a proposta da Administração da empresa de pressionar os trabalhadores que pretende despedir a aceitar apenas 35% das indemnizações a que têm legalmente direito.
A solução não é o desemprego, se o problema passa pela necessidade de recuperar a parte das instalações destruídas pelo incêndio, a solução lógica será a suspensão dos contratos dos trabalhadores das secções afectadas pelo tempo mínimo necessário à reconstrução do edifício, retomando depois a normalidade de laboração e a integração de todos os trabalhadores da empresa.
Face à passividade do governo perante esta e outras situações de ataques aos direitos dos trabalhadores, a participação massiva dos trabalhadores portugueses na Greve Geral do próximo dia 30 de Maio é a resposta necessária para exigir uma mudança de políticas, o trabalho com direitos, a valorização salarial e a defesa do sector têxtil nacional.
Santo Tirso, 25 de Maio de 2007
A Comissão concelhia de Santo Tirso do PCP