Como se costuma dizer, uma má notícia nunca vem só. Nesta quinta-feira, para além da confirmação da falência da SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana / Porto Vivo, foi tornada pública a não realização da 83ª edição da Feira do Livro do Porto em 2013.
Perante estes desenvolvimentos, a CDU – Coligação Democrática Unitária expressa as seguintes considerações:
1) Falência da SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana / Porto Vivo:
O Porto não pode ficar refém das querelas e guerrilhas partidárias entre as facções da coligação PSD/CDS que (des)governam a cidade e que (des)governam o país, que, espicaçadas pelas próximas eleições autárquicas, guerreiam entre si.
Mas, simultaneamente, o que este autêntico folhetim demonstra é o total fracasso do modelo de reabilitação urbana que as SRU constituem. Neste contexto, importa salientar que a CDU foi a única força política presente no Executivo Municipal a votar contra a constituição da SRU/Porto Vivo, deitando-se então borda fora as experiências de trabalho anteriormente existentes.
O fracasso da política de reabiltação urbana levada a cabo pela SRU/Porto Vivo resultou num centro histórico a definhar, a empobrecer e cada vez mais devoluto. As operações desenvolvidas estiveram ao serviço dos interesses dos grandes grupos do imobiliário e financeiros que operam na cidade, em prejuízo da priorização do repovoamento e da recuperação do “miolo” do edificado. Este paradigma relevou-se caro, com elevados prejuízos, orçados em cerca de 9,2 milhões de euros, acabando, portanto, por serem os portuenses e os portugueses a pagar a factura final.
O resultado da constituição da SRU/Porto Vivo é que o centro histórico, «alma» e o «coração» da cidade, tem vindo a definhar e a empobrecer: 17% dos edifícios completamente devolutos, mais de metade dos arruamentos a precisar de requalificação urgente e a perder população a um ritmo 3 vezes superior ao resto da cidade.
Aqueles que assumiram responsabilidades na SRU/Porto Vivo devem uma explicação deste fracasso aos portuenses. A culpa não pode morrer solteira!
2 ) Cancelamento da Feira do Livro:
Na penúltima reunião do Executivo Municipal do Porto, Pedro Carvalho, Vereador e candidato a Presidente da Câmara, questionou Rui Rio sobre o ponto da situação da Feira do Livro. Na sequência desta interpelação, oportunamente, sob a forma de comunicado, a CDU alertou e apelou para a necessidade de se garantirem as condições da realização deste evento cultural de referência no panorama livreiro e cultural do país.
A não realização da 83ª Feira do Livro do Porto em 2013 é uma decisão profundamente negativa, a que a permanente hostilização que a coligação PSD/CDS tem feito a diversos agentes do Porto não é alheia.
Como se refere no comunicado supracitado, a CDU defende que o Porto precisa de uma outra visão da cultura para cidade e apagar a herança de Rui Rio e da maioria PSD/CDS.
É urgente uma visão estratégica da Cultura, redefinindo as prioridades: para actual maioria PSD/CDS há sucessivamente verbas para sustentar os 700 mil euros de prejuízo do Circuito da Boavista, houve dinheiro para sustentar a empresa de Filipe La Féria em igual montante durante a sua polémica passagem pelo Teatro Rivoli, num negócio que saiu caro à cidade, aos seus artistas e aos agentes culturais. Como se demonstra, trata-se de simplesmente de fazer escolhas diferentes daquelas que têm vindo a ser feitas.
O dia de ontem foi uma verdadeira quinta-feira negra para a cidade do Porto. Confirmou-se, mais uma vez, que o Município do Porto precisa de uma ruptura com o rumo desastroso de políticas de direita que coligação PSD/CDS tem vindo a concretizar.
É lamentável que no “clima de fim de festa” que se vive actualmente na Câmara do Porto, a coligação PSD/CDS escolha um caminho de afirmação pela controvérsia e pelo destaque de questões acessórias à difícil realidade que a esmagadora maioria dos portuenses enfrenta, como forma de contornar a sua incapacidade para exercer as suas responsabilidades ao serviço da população da cidade.
A CDU continuará empenhada em dar o seu contributo, indispensável e insubstituível, para a construção de um Porto mais justo, um Porto de Abril!
Atentamente.
Porto, 19 de Abril de 2013
O Gabinete de Imprensa da CDU – Coligação Democrática Unitária / Cidade do Porto
Como se costuma dizer, uma má notícia nunca vem só. Nesta quinta-feira, para além da confirmação da falência da SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana / Porto Vivo, foi tornada pública a não realização da 83ª edição da Feira do Livro do Porto em 2013.Perante estes desenvolvimentos, a CDU – Coligação Democrática Unitária expressa as seguintes considerações:1) Falência da SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana / Porto Vivo
O Porto não pode ficar refém das querelas e guerrilhas partidárias entre as facções da coligação PSD/CDS que (des)governam a cidade e que (des)governam o país, que, espicaçadas pelas próximas eleições autárquicas, guerreiam entre si.
Mas, simultaneamente, o que este autêntico folhetim demonstra é o total fracasso do modelo de reabilitação urbana que as SRU constituem. Neste contexto, importa salientar que a CDU foi a única força política presente no Executivo Municipal a votar contra a constituição da SRU/Porto Vivo, deitando-se então borda fora as experiências de trabalho anteriormente existentes.
O fracasso da política de reabiltação urbana levada a cabo pela SRU/Porto Vivo resultou num centro histórico a definhar, a empobrecer e cada vez mais devoluto. As operações desenvolvidas estiveram ao serviço dos interesses dos grandes grupos do imobiliário e financeiros que operam na cidade, em prejuízo da priorização do repovoamento e da recuperação do “miolo” do edificado. Este paradigma relevou-se caro, com elevados prejuízos, orçados em cerca de 9,2 milhões de euros, acabando, portanto, por serem os portuenses e os portugueses a pagar a factura final.
O resultado da constituição da SRU/Porto Vivo é que o centro histórico, «alma» e o «coração» da cidade, tem vindo a definhar e a empobrecer: 17% dos edifícios completamente devolutos, mais de metade dos arruamentos a precisar de requalificação urgente e a perder população a um ritmo 3 vezes superior ao resto da cidade.
Aqueles que assumiram responsabilidades na SRU/Porto Vivo devem uma explicação deste fracasso aos portuenses. A culpa não pode morrer solteira!
2 ) Cancelamento da Feira do Livro
Na penúltima reunião do Executivo Municipal do Porto, Pedro Carvalho, Vereador e candidato a Presidente da Câmara, questionou Rui Rio sobre o ponto da situação da Feira do Livro. Na sequência desta interpelação, oportunamente, sob a forma de comunicado, a CDU alertou e apelou para a necessidade de se garantirem as condições da realização deste evento cultural de referência no panorama livreiro e cultural do país.
A não realização da 83ª Feira do Livro do Porto em 2013 é uma decisão profundamente negativa, a que a permanente hostilização que a coligação PSD/CDS tem feito a diversos agentes do Porto não é alheia.
Como se refere no comunicado supracitado, a CDU defende que o Porto precisa de uma outra visão da cultura para cidade e apagar a herança de Rui Rio e da maioria PSD/CDS.
É urgente uma visão estratégica da Cultura, redefinindo as prioridades: para actual maioria PSD/CDS há sucessivamente verbas para sustentar os 700 mil euros de prejuízo do Circuito da Boavista, houve dinheiro para sustentar a empresa de Filipe La Féria em igual montante durante a sua polémica passagem pelo Teatro Rivoli, num negócio que saiu caro à cidade, aos seus artistas e aos agentes culturais. Como se demonstra, trata-se de simplesmente de fazer escolhas diferentes daquelas que têm vindo a ser feitas.
O dia de ontem foi uma verdadeira quinta-feira negra para a cidade do Porto. Confirmou-se, mais uma vez, que o Município do Porto precisa de uma ruptura com o rumo desastroso de políticas de direita que coligação PSD/CDS tem vindo a concretizar.
É lamentável que no “clima de fim de festa” que se vive actualmente na Câmara do Porto, a coligação PSD/CDS escolha um caminho de afirmação pela controvérsia e pelo destaque de questões acessórias à difícil realidade que a esmagadora maioria dos portuenses enfrenta, como forma de contornar a sua incapacidade para exercer as suas responsabilidades ao serviço da população da cidade.
A CDU continuará empenhada em dar o seu contributo, indispensável e insubstituível, para a construção de um Porto mais justo, um Porto de Abril!
Porto, 19 de Abril de 2013
O Gabinete de Imprensa da CDU – Coligação Democrática Unitária / Cidade do Porto