As candidaturas da CDU às presidências da Câmara Municipal do Porto e da Câmara Municipal de Matosinhos, protagonizadas por Pedro Carvalho e José Pedro Rodrigues, respectivamente, promoveram hoje uma conferência de imprensa subordinada ao tema da situação e impacto actual da Estrada da Circunvalação nestes concelhos. «Trata-se de um problema que esteve indirectamente em discussão, há poucos dias, a propósito da extensão do Parque da Cidade, no Porto, ao Parque de Real, em Matosinhos, mas que tem outras implicações que gostávamos agora de relembrar e temos propostas a apresentar», referiu José Pedro Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos.
Pedro Carvalho, candidato à Câmara Municipal do Porto, começou «por lembrar que a prometida requalificação da Circunvalação tem sido hipotecada ao longo dos anos pela incapacidade de um diálogo inter-municipal entre Porto e Matosinhos que concretizasse as soluções aprovadas em sede metropolitana». José Pedro Rodrigues completou a acusação de que «Guilherme Pinto e Rui Rio são directamente responsáveis pelo desperdício de 7 milhões de euros de fundos do QREN que poderiam ser usados para esse fim. A visão política limitada de quem não consegue ver mais além dos interesses da sua “quinta” tem sido prejudicial para as populações do Porto e Matosinhos.»
Quanto aos principais elementos que merecem prioritária consideração num projecto geral de requalificação da Estrada da Circunvalação, os candidatos comunistas salientaram:
a. Devolver à Circunvalação o seu perfil de Estrada, artéria viária de características urbanas, revertendo todas as soluções que a transformaram numa via de média velocidade insegura para moradores, peões e ciclistas. Precisamos de uma grande avenida que ligue as duas comunidades.
b. Transformar profundamente o perfil de acesso da Circunvalação à Rotunda AEP, libertando-a dos estrangulamentos permanentes do trânsito proveniente da Avenida AEP e da A28, nomeadamente por via de uma ligação em viaduto norte-sul; resolver os problemas do acesso à zona comercial do Norteshopping – demolindo a passagem aérea, verdadeiro abcesso viário – e à Zona Industrial do Porto. Mais uma vez, o diálogo entre as autarquias de Porto e Matosinhos e a coordenação com a administração central das estradas é fundamental, tem vindo a ser prometida, mas não sai do papel e os problemas acumulam-se.
c. Alterar o perfil da Circunvalação na periferia do Parque da Cidade, revertendo aquilo que foi a transformação desse troço numa pista de automobilismo, que funciona efectivamente como tal poucos dias ao ano. É essencial requalificá-la de forma a ligar o que de melhor os espaços circundantes proporcionam – os espaços verdes, de desporto e lazer do Parque da Cidade; a perspectiva de ampliação do Parque de Real e extensão ao Parque da Cidade – e terminar com o processo de cerco imobiliário que caracteriza toda a construção limítrofe em Matosinhos-Sul; ou seja, aproximar as cidades pela extensão de uma importante mancha verde, que poderia ser concretizada pelo retorno a proposta da AMP de 2004 ou por outras soluções, inclusive passagens verdes elevadas, tendo em conta o custo e a integração arquitectónica paisagística;
d. Recuperar toda a dimensão ajardinada e arbórea que compõe a faixa central da Estrada da Circunvalação, criando uma via pedonal e assumindo a sua importância como pulmão verde de quilómetros de extensão, habilitando-a para a prática de desportos de atletismo.
e. Resolver os problemas de circulação pedonal em redor da Estrada, com particular atenção para os grandes cruzamentos, como Ameal, Monte dos Burgos e Vilarinha, e as zonas limítrofes dos grandes bairros, devolvendo de novo as pessoas àquela artéria. Deverá ser considerada a nova realidade da construção e funcionamento do Hospital CUF, designadamente os problemas de estacionamento que gerou, feito ilegalmente ao longo da estrada, e os graves riscos de atravessamento por parte dos peões, situações que deveriam ter sido previstas e que importa resolver.
f. Criar condições para a circulação de ciclistas, nomeadamente com a consideração de vias dedicadas para esse trânsito, com ligação ao Parque da Cidade e às marginais do Porto e de Matosinhos, desde a Rotunda da Areosa.
«Todos estes elementos devem ser considerados numa lógica de valorização de uma artéria que tem um inquestionável valor metropolitano, usada para diferentes finalidades por populações de vários municípios, cuja requalificação permite potenciar a utilização de um conjunto de equipamentos relevantes, em maior segurança, cicatrizando uma ferida aberta entre estas duas cidades que durante anos os seus respectivos autarcas foram incapazes de sarar», afirmou José Pedro Rodrigues.
Pedro Carvalho, em nome das duas candidaturas, afirmou que «os candidatos municipais da CDU à Câmara do Porto e de Matosinhos assumem o compromisso público de fazer da requalificação da Circunvalação e da sua transformação como elemento agregador e coerente destes dois concelhos uma prioridade dos seus respectivos mandatos», concluindo que «este exemplo da Circunvalação demonstra que mais do que a discussão demagógica e abstracta de fusões de cidades, importa promover a efectiva cooperação intermuncipal.»
Porto e Matosinhos, 17 de Abril de 2013
José Pedro Rodrigues
Candidato à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos
As candidaturas da CDU às presidências da Câmara Municipal do Porto e da Câmara Municipal de Matosinhos, protagonizadas por Pedro Carvalho e José Pedro Rodrigues, respectivamente, promoveram hoje uma conferência de imprensa subordinada ao tema da situação e impacto actual da Estrada da Circunvalação nestes concelhos. «Trata-se de um problema que esteve indirectamente em discussão, há poucos dias, a propósito da extensão do Parque da Cidade, no Porto, ao Parque de Real, em Matosinhos, mas que tem outras implicações que gostávamos agora de relembrar e temos propostas a apresentar», referiu José Pedro Rodrigues, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos.Pedro Carvalho, candidato à Câmara Municipal do Porto, começou «por lembrar que a prometida requalificação da Circunvalação tem sido hipotecada ao longo dos anos pela incapacidade de um diálogo inter-municipal entre Porto e Matosinhos que concretizasse as soluções aprovadas em sede metropolitana». José Pedro Rodrigues completou a acusação de que «Guilherme Pinto e Rui Rio são directamente responsáveis pelo desperdício de 7 milhões de euros de fundos do QREN que poderiam ser usados para esse fim. A visão política limitada de quem não consegue ver mais além dos interesses da sua “quinta” tem sido prejudicial para as populações do Porto e Matosinhos.»Quanto aos principais elementos que merecem prioritária consideração num projecto geral de requalificação da Estrada da Circunvalação, os candidatos comunistas salientaram:a. Devolver à Circunvalação o seu perfil de Estrada, artéria viária de características urbanas, revertendo todas as soluções que a transformaram numa via de média velocidade insegura para moradores, peões e ciclistas. Precisamos de uma grande avenida que ligue as duas comunidades.
b. Transformar profundamente o perfil de acesso da Circunvalação à Rotunda AEP, libertando-a dos estrangulamentos permanentes do trânsito proveniente da Avenida AEP e da A28, nomeadamente por via de uma ligação em viaduto norte-sul; resolver os problemas do acesso à zona comercial do Norteshopping – demolindo a passagem aérea, verdadeiro abcesso viário – e à Zona Industrial do Porto. Mais uma vez, o diálogo entre as autarquias de Porto e Matosinhos e a coordenação com a administração central das estradas é fundamental, tem vindo a ser prometida, mas não sai do papel e os problemas acumulam-se.
c. Alterar o perfil da Circunvalação na periferia do Parque da Cidade, revertendo aquilo que foi a transformação desse troço numa pista de automobilismo, que funciona efectivamente como tal poucos dias ao ano. É essencial requalificá-la de forma a ligar o que de melhor os espaços circundantes proporcionam – os espaços verdes, de desporto e lazer do Parque da Cidade; a perspectiva de ampliação do Parque de Real e extensão ao Parque da Cidade – e terminar com o processo de cerco imobiliário que caracteriza toda a construção limítrofe em Matosinhos-Sul; ou seja, aproximar as cidades pela extensão de uma importante mancha verde, que poderia ser concretizada pelo retorno a proposta da AMP de 2004 ou por outras soluções, inclusive passagens verdes elevadas, tendo em conta o custo e a integração arquitectónica paisagística;
d. Recuperar toda a dimensão ajardinada e arbórea que compõe a faixa central da Estrada da Circunvalação, criando uma via pedonal e assumindo a sua importância como pulmão verde de quilómetros de extensão, habilitando-a para a prática de desportos de atletismo.
e. Resolver os problemas de circulação pedonal em redor da Estrada, com particular atenção para os grandes cruzamentos, como Ameal, Monte dos Burgos e Vilarinha, e as zonas limítrofes dos grandes bairros, devolvendo de novo as pessoas àquela artéria. Deverá ser considerada a nova realidade da construção e funcionamento do Hospital CUF, designadamente os problemas de estacionamento que gerou, feito ilegalmente ao longo da estrada, e os graves riscos de atravessamento por parte dos peões, situações que deveriam ter sido previstas e que importa resolver.
f. Criar condições para a circulação de ciclistas, nomeadamente com a consideração de vias dedicadas para esse trânsito, com ligação ao Parque da Cidade e às marginais do Porto e de Matosinhos, desde a Rotunda da Areosa.
«Todos estes elementos devem ser considerados numa lógica de valorização de uma artéria que tem um inquestionável valor metropolitano, usada para diferentes finalidades por populações de vários municípios, cuja requalificação permite potenciar a utilização de um conjunto de equipamentos relevantes, em maior segurança, cicatrizando uma ferida aberta entre estas duas cidades que durante anos os seus respectivos autarcas foram incapazes de sarar», afirmou José Pedro Rodrigues. Pedro Carvalho, em nome das duas candidaturas, afirmou que «os candidatos municipais da CDU à Câmara do Porto e de Matosinhos assumem o compromisso público de fazer da requalificação da Circunvalação e da sua transformação como elemento agregador e coerente destes dois concelhos uma prioridade dos seus respectivos mandatos», concluindo que «este exemplo da Circunvalação demonstra que mais do que a discussão demagógica e abstracta de fusões de cidades, importa promover a efectiva cooperação intermuncipal.»
Porto e Matosinhos, 17 de Abril de 2013
José Pedro Rodrigues
Candidato à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos
Pedro Carvalho
Candidato à presidência da Câmara Municipal do Porto