No passado dia 2 de Abril, uma delegação do PCP composta pelos Deputados do PCP, Honório Novo e Jorge Machado, eleitos na Assembleia da República pelo distrito do Porto, encontrou-se com as estruturas representativas dos trabalhadores (Comissão de Trabalhadores e Comissão Sindical), da Cerâmica de Valadares.
Foram manifestadas profundas preocupações perante o já confirmado cenário de dificuldades de financiamento à Cerâmica de Valadares por parte da Caixa Geral de Depósitos, o que no entender no PCP não é compreensível, considerando a viabilidade da Cerâmica de Valadares e sabendo dos 400 milhões de euros para financiar o “jogo de casino” da OPA sobre a Brisa, ao mesmo tempo que “não existem” 3 milhões de euros para financiar a economia real. Isto mesmo foi colocado ao Ministro das Finanças, hoje, na Assembleia da República. A resposta é clara, o Governo não acompanha, não sabe, nem quer saber de situações de financiamento que decorrem neste preciso momento.
Com encomendas e trabalhadores com vontade de trabalhar, falta neste momento a verba necessária para comprar matéria-prima e pagar os salários em atraso aos trabalhadores.
Não desresponsabilizando a Administração da Cerâmica de Valadares pela gestão que conduziu a empresa a este caminho, o PCP afirma ser igualmente incompreensível e inaceitável o silêncio e a inércia do Governo PSD/CDS e do Executivo Camarário (também PSD/CDS) sobre esta situação de dificuldades constantes de uma empresa com mais de 90 anos de história no concelho e no país.
Simultaneamente o PCP manifesta a sua total solidariedade aos trabalhadores da Cerâmica de Valadares e a todas as lutas que desenvolvam na garantia do respeito dos seus direitos. Não tendo contribuído para o actual estado da empresa, mas tendo sim contribuído com a força do seu trabalho para o capital que a empresa foi arrecadando ao longo dos anos e tendo já passado por meses de salários em atraso, estes trabalhadores são os que saem mais prejudicados. São os trabalhadores que não recebem o salário (ou o recebem às prestações), são os trabalhadores que não têm dinheiro para fazer face às despesas diárias mais básicas, são os trabalhadores que têm o seu futuro incerto (não sabendo se recebem o seu salário, quando recebem o seu salário, se manterão o seu posto de trabalho, até quando manterá esta fábrica as suas portas abertas,…). Mas são também os trabalhadores que lutando pelo seu salário, pelo seu posto de trabalho, lutam e querem a continuidade da Cerâmica de Valadares.
O PCP continuará desse lado da luta, junto destes trabalhadores, exigindo respostas do Governo e da Câmara Municipal, exigindo que a Administração da Cerâmica de Valadares cumpra os acordos feitos e exigindo o respeito pelos direitos laborais.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 04 de Abril de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
No passado dia 2 de Abril, uma delegação do PCP composta pelos Deputados do PCP, Honório Novo e Jorge Machado, eleitos na Assembleia da República pelo distrito do Porto, encontrou-se com as estruturas representativas dos trabalhadores (Comissão de Trabalhadores e Comissão Sindical), da Cerâmica de Valadares.Foram manifestadas profundas preocupações perante o já confirmado cenário de dificuldades de financiamento à Cerâmica de Valadares por parte da Caixa Geral de Depósitos, o que no entender no PCP não é compreensível, considerando a viabilidade da Cerâmica de Valadares e sabendo dos 400 milhões de euros para financiar o “jogo de casino” da OPA sobre a Brisa, ao mesmo tempo que “não existem” 3 milhões de euros para financiar a economia real. Isto mesmo foi colocado ao Ministro das Finanças, hoje, na Assembleia da República. A resposta é clara, o Governo não acompanha, não sabe, nem quer saber de situações de financiamento que decorrem neste preciso momento.
Com encomendas e trabalhadores com vontade de trabalhar, falta neste momento a verba necessária para comprar matéria-prima e pagar os salários em atraso aos trabalhadores.
Não desresponsabilizando a Administração da Cerâmica de Valadares pela gestão que conduziu a empresa a este caminho, o PCP afirma ser igualmente incompreensível e inaceitável o silêncio e a inércia do Governo PSD/CDS e do Executivo Camarário (também PSD/CDS) sobre esta situação de dificuldades constantes de uma empresa com mais de 90 anos de história no concelho e no país.
Simultaneamente o PCP manifesta a sua total solidariedade aos trabalhadores da Cerâmica de Valadares e a todas as lutas que desenvolvam na garantia do respeito dos seus direitos. Não tendo contribuído para o actual estado da empresa, mas tendo sim contribuído com a força do seu trabalho para o capital que a empresa foi arrecadando ao longo dos anos e tendo já passado por meses de salários em atraso, estes trabalhadores são os que saem mais prejudicados. São os trabalhadores que não recebem o salário (ou o recebem às prestações), são os trabalhadores que não têm dinheiro para fazer face às despesas diárias mais básicas, são os trabalhadores que têm o seu futuro incerto (não sabendo se recebem o seu salário, quando recebem o seu salário, se manterão o seu posto de trabalho, até quando manterá esta fábrica as suas portas abertas,…). Mas são também os trabalhadores que lutando pelo seu salário, pelo seu posto de trabalho, lutam e querem a continuidade da Cerâmica de Valadares.
O PCP continuará desse lado da luta, junto destes trabalhadores, exigindo respostas do Governo e da Câmara Municipal, exigindo que a Administração da Cerâmica de Valadares cumpra os acordos feitos e exigindo o respeito pelos direitos laborais.
Vila Nova de Gaia, 04 de Abril de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP