«Copiar a papel químico a história seria uma caricatura trágica», por Daniel Vieira

danielvieiraEm 2018 assinalamos o centenário do nascimento de Armando Castro, evocando o notável cientista e investigador, o economista, o professor, o antifascista militante, o intelectual que tomou Partido, o homem que cativava pela simplicidade e sabedoria.

Autor de uma vasta obra publicada, recusou sempre abandonar a sua perspectiva marxista da economia, da história, da ciência, em suma, do saber e de tudo quanto tem a ver com a vida dos homens em sociedade. Fê-lo perante as duras condições em que viveu e trabalhou durante o fascismo e, posteriormente, já após o 25 de Abril, perante uma visão da economia moldada pelos métodos e concepções clássicas e neoclássicas do pensamento liberal e neoliberal. Em 1992, nas vésperas do XIV Congresso do Partido, – com todas as questões políticas e ideológicas que lhe estavam associadas pelos acontecimentos então decorridos, num quadro em que os propagandistas da ideologia dominante procuravam declarar o «fim da história», – defendeu que o «marxismo mantém a sua capacidade transformadora mas é indispensável ganhar muito tempo perdido» . Armando Castro nunca escondeu a sua condição de militante comunista, conferindo-lhe antes um testemunho e um lugar na sua vida e obra.

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