É preciso parar este novo ataque aos serviços públicos
Os Correios devem ser o garante de um serviço público efetivamente ao serviço do país e das populações, ao serviço da economia nacional e do desenvolvimento, com uma gestão que vise o equilíbrio económico-financeiro e o investimento na melhoria da qualidade.
Os Correios, ao longo de mais de cinco séculos, asseguraram a prestação dos serviços postais em condições que lhe permitiram granjear o apreço da generalidade dos cidadãos e de todas as entidades que a eles recorreram.
Os trabalhadores dos CTT estão em greve nos dias 21 e 22 de Dezembro em defesa da empresa, do serviço público postal e pela reversão da privatização.
Na manhã do dia 21, os trabalhadores realizaram uma acção de protesto em frente à loga dos CTT do Município do Porto, na avenida dos Aliados: No local esteve uma delgação do PCP em solidariedade.
Recorde-se que, desde a privatização, a tarifa (selo) do correio normal aumentou 47%. Entre 2009 e 2016 encerraram 564 estações e postos de correios. Largas centenas de postos de trabalho foram destruídos e a administração pretende despedir ainda mais 800. O correio demora hoje mais tempo a chegar ao destino do que demorava há trinta anos.
O desfecho do concurso público para a concessão da operação e manutenção da empresa Metro do Porto merecem da DORP o seguinte pronunciamento:
1- A DORP do PCP reafirma a sua posição de princípio, contrária à exploração por privados dos serviços operacionais e da manutenção de via da Metro do Porto. Posição indissociável da primazia do interesse público, do interesse da região e da real existência de condições para que seja a empresa pública a assegurar estes serviços, aproveitando empresas e instalações públicas – designadamente da EMEF – e integrando os trabalhadores das diversas empresas que prestam serviços para a Metro do Porto, com salvaguarda dos respectivos direitos.