
Não obstante já terem sido, por várias vezes, prometidas e, de há muito, estarem definidas, mais uma vez aparece a ideia de se voltar a discutir quais as que devem constar da segunda fase.
Trata-se, indiscutivelmente, de mais uma manobra dilatória que não visa mais do que criar novas expectativas, procurando apagar os compromissos assumidos, há vários anos, perante a população desta região.
E assim continuarão no rol das promessas a construção da linha da Trofa, a linha de Gondomar, a extensão da linha de Gaia até Laborim e a linha da zona ocidental do Porto (Matosinhos/Boavista).
É cada vez mais notório que o acordo celebrado entre a Junta Metropolitana do Porto e o Governo, em Maio de 2007, numa inadmissível e inaceitável cedência do órgão metropolitano serviu apenas os objectivos centralizadores do Governo que passou a funcionar no estilo em que é exímio praticante, o do “quero, posso e mando” decidindo a seu belo prazer e desprezando a realidade e as expectativas de toda esta região.
E tudo isto acontece quando a expansão da linha do metro pode constituir não só um precioso instrumento para a melhoria da mobilidade da população, mas também um factor de desenvolvimento do tecido económico e do emprego da região, esta, como é sabido, a atravessar uma grave crise, mais acentuada do que a que se verifica no restante país, seja em termos económicos, seja em termos sociais.
Mas não obstante esta crise, o Governo PS, que tanto argumenta com a coesão nacional, não considera de igual modo todo o País, designadamente em termos de investimentos, sentindo-se esta região profundamente discriminada.
O Governo PS pelo contínuo desprezo que vem revelando pela população do Norte e desta área metropolitana, que a mentira, demagogia e a propaganda não podem fazer esquecer e a Junta Metropolitana PS/PSD, pelo seu silêncio, não podem deixar de ser responsabilizados pela situação económica e social, cada vez mais grave, que aqui se vive.
A DORP do PCP protesta contra este continuado comportamento discriminatório do Governo e reclama da Junta Metropolitana do Porto a postura reivindicativa que a situação há muito exige.
28 de Agosto de 2008
A DORP do PCP