Transportes e Comunicações

PCP denuncia discrepâncias entre a informação do governo e a do consórcio que construirá a Linha de Alta Velocidade

Imprimir
Twitter

20250730 altavelocidadeDEPUTADO ALFREDO MAIA PEDE EXPLICAÇÕES AO GOVERNO

Na cerimónia de assinatura do Contrato de Concessão, realizada ontem, Governo e IP focaram-se nos aspetos processuais e na calendarização, omitindo deliberadamente questões fundamentais como as intervenções previstas quanto à travessia do Rio Douro e as soluções para as estações de Vila Nova de Gaia e Campanhã, sem evitar informações contraditórias de outros protagonistas.

Em nota de Imprensa a propósito da assinatura daquele contrato, a sociedade de participações sociais Mota-Engil, líder do consórcio referido, informava que o projeto inclui “uma nova estação em Vila Nova de Gaia” e da criação de duas “novas travessias sobre o Rio Douro (uma exclusivamente dedicada à nova linha de Alta Velocidade e uma outra dedicada ao trânsito rodoviário)”.

Por seu lado, uma nota conjunta do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e da empresa Infraestruturas de Portugal (IP) indicava que a nova estação em Vila Nova de Gaia vai situar-se em Santo Ovídio e referia-se a apenas uma “nova ponte sobre o Rio Douro”.

 

A falta de informações concretas sobre elementos estruturantes do projeto revela uma vez mais a discrepância entre o discurso de transparência e a prática efetiva, levantando legítimas dúvidas sobre o real compromisso com um processo verdadeiramente participativo e informado.

Perante tal situação, Alfredo Maia, deputado comunista eleito pelo círculo eleitoral do Porto, pediu explicações ao Governo, num ofício dirigido ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, que se anexa.