A Assembleia da República votou a aprovou hoje a proposta do PCP para a criação de um Museu da Resistência Antifascista no edifÃcio da Rua do HeroÃsmo onde funcionou a PIDE/DGS
Foi hoje aprovado na Assembleia da República um Projecto de Resolução do PCP para a criação do Museu da Resistência Antifascista no Porto, no edifÃcio da rua do HeroÃsmo, onde funcionou a delegação da PIDE/DGS na cidade entre a década de 1930 e a Revolução de Abril.
A proposta apresentada pelos deputados comunistas - e que foi aprovada com os votos favoráveis do PCP, PS, L, BE, PAN e JPP; a abstenção do PSD e IL; tendo CH e CDS votado contra - destaca que o edifÃcio do HeroÃsmo, como era conhecido, foi o local onde o sinistro regime fascista instalou a polÃcia polÃtica, tendo funcionado como um verdadeiro centro de detenção e tortura dos resistentes antifascistas. Por este edifÃcio terão passado mais de 7600 pessoas - verdadeiros heróis nacionais que não podem ser esquecidos e devem ser justamente homenageados.
Este Projecto de Resolução prevê a integração do futuro Museu da Resistência Antifascista no Porto numa Rede Nacional de Museus da Resistência, permitindo a sua articulação com o Museu do Aljube – Resistência e Liberdade (Lisboa) e o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade (Peniche).
A resolução propõe ainda que o Museu Militar, instalado naquele edifÃcio desde 1977, seja transferido para outro espaço, permitindo valorizar e alargar o projecto museológico «Do HeroÃsmo à Firmeza - Percursos da Memória na Casa da PIDE no Porto (1936/74)», que a URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses tem em curso naquele espaço há 10 anos.
Para o PCP, o edifÃcio do HeroÃsmo é um sÃmbolo do regime fascista e, como antiga sede da polÃcia polÃtica, é o local adequado e justo para documentar, musealizar e, dessa forma, homenagear a luta pela liberdade daqueles que lá estiveram detidos e ali resistiram para construir no nosso paÃs o 25 de Abril e o seu projeto emancipador de liberdade, progresso e desenvolvimento social.
Cumprir Abril – um anseio cada vez mais premente – também se faz combatendo o branqueamento da História e lembrando quem, muitas vezes com a própria vida, conquistou a liberdade.
A DORP do PCP considera esta aprovação um importante passo para o reconhecimento e valorização de todos aqueles que resistiram e lutaram contra o fascismo.
Porto, 26 de Setembro de 2025
O Gabinete de Imprensa do PCP